Moïse Kabagambe, congolês morto espancado em quiosque da Barra da TijucaReprodução

Rio - A Justiça do Rio determinou que os réus Fábio Pirineus da Silva, Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca e Brendon Alexander Luz da Silva, acusados pela morte de Moïse Kabagambe, vão ser julgados por um júri popular.
Dois anos após o crime, ocorrido em janeiro de 2022, os três, que estão em prisão preventiva, vão responder por homicídio doloso triplamente qualificado (motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima).
A juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis, da 1ª Vara Criminal do Rio também decidiu pela manutenção da prisão dos réus.
"Mantenho a prisão preventiva dos acusados, pois permanecem inalterados os motivos ensejadores da prisão, além da necessidade de resguardar a integridade física e psicológica das testemunhas, que ainda poderão prestar declarações na sessão plenária", diz parte do documento.
A audiência ainda não tem data marcada. Em 2023, testemunhas da morte do congolês, em juízo, deram seus relatos sobre o crime na primeira audiência de instrução e julgamento.
Relembre o caso
Moïse Kabamgabe foi morto no dia 24 de janeiro de 2022, após ser espancado por Fábio, Aleson e Brendon. O congolês trabalhava por diárias em um quiosque perto do Posto 8, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Moïse teve as mãos e pés amarrados por fios e foi agredido pelos três homens, até morrer, com pedaços de madeira e um taco de beisebol no Quiosque Tropicália, após cobrar um pagamento atrasado.
O crime foi gravado por câmeras de segurança. Ao total, foram mais de 15 minutos de agressões.
O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) indicou que a causa da morte foi traumatismo do tórax, com contusão pulmonar, causada por ação contundente.