Denúncias foram registradas na 56ª DP (Comendador Soares), em Nova IguaçuGoogle Street View

Rio - A Polícia Civil investiga denúncias de calote contra a empresa BG Piscinas, especializadas em instalação, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Alguns clientes alegam que contratam o serviço, mas que não é finalizado. Em alguns casos, a demora para a colocação já ultrapassou um ano.
Os casos foram registrados na 56ª DP (Comendador Soares), em Nova Iguaçu, e na 96ª DP (Miguel Pereira). De acordo com as denúncias, a empresa, após ser contratada, chega a medir o espaço e cavar o buraco para a instalação, mas não finaliza a obra, deixando a escavação aberta no terreno dos clientes.
O estabelecimento, localizado na Avenida Abílio Augusto Távora, no bairro Valverde, já recebeu reclamações na plataforma 'Reclame Aqui'. Um dos relatos feito em março de 2023 diz que uma piscina da empresa foi comprada em dezembro do ano anterior e que, meses depois, a instalação não foi feita.
"Só escuto da empresa que está chegando e que o atraso é da fábrica. Meus filhos passaram o Carnaval no meio de material e entulho. Meu marido está me cobrando, meus filhos me cobrando e na até agora. Estou cansada de tudo isso. Isso era um sonho da família. Agora é um pesadelo", afirma o relato.
Em agosto de 2023, outra pessoa fez uma reclamação semelhante na plataforma. Desta vez, o cliente disse que pagou R$ 10 mil a vista, em fevereiro do mesmo ano, para o serviço, que não foi finalizado.
"Depois que eu fiz o PIX, me prometeram que viriam instalar no dia 5 de abril. Depois dessa data, começou o meu pesadelo. Fiquei ligando e nada. Eles me bloquearam nas redes sociais, pois fiz comentários. De tanto eu ficar ligando, o Rafael [dono] mandou uns três homens aqui na minha casa para furar o local. Prometeu que iria voltar depois de uma semana, pois estariam terminando outra instalação. Isso já faz meses e até agora nada. O buraco está aqui aberto. Eu retornei a ligar pro Rafael, pedi meu dinheiro de volta e ele me falou que não tem como me devolver. Só se ele fechar alguma venda de piscina", escreveu o denunciante.
O homem citado na denúncia é o proprietário do estabelecimento, Rafael Pereira Dias Veronezes. Contudo, o CNPJ da empresa está no nome de Fabiano de Oliveira Simplício, que seria cunhado do dono.
Segundo a Polícia Civil, a investigação segue em andamento na fase de coleta de informações para que os fatos narrados pelos denunciantes sejam esclarecidos.
O que diz a empresa?
Ao DIA, Rafael, por meio da empresa, disse que eles não são golpistas e que estão disponíveis para resolver qualquer tipo de venda que possa ter tido problema na instalação. Segundo ele, o estabelecimento passou por um problema complicado e um período de inadimplência, mas que continuará trabalhando para dar aos clientes o serviço prometido.
"Não somos golpistas. Por sinal, estamos aqui pra resolvermos qualquer tipo de venda que possa ter tido problema em instalação. Acredito que nenhum golpista iria ficar esse tempo trabalhando a fim de resolver suas pendências. Passamos por um problema complicado, como qualquer empresa pode passar, e estamos tentando resolver. Acreditamos em uma recuperação e temos propósito de vitórias como qualquer pessoa de bem. Sabemos que devemos continuar trabalhando. Só assim iremos resolver todas as pendências da loja e instalação que possamos estar fazendo", garante.
Rafael destacou que não quer se aproveitar dos clientes e que sabe que em alguns contratos a empresa não está certa. 
"Não queremos sacanagem com ninguém e muito menos somos golpistas ou algo desse tipo. Todos sabem que não se trata de golpe, pois trabalhamos todos os dias. Tivemos uma inadimplência muito grande na empresa, por isso alguns problemas de instalação, mas estamos aqui para resolver. Tivemos prejuízos, mas nem por isso paramos de atender nossos clientes. Vou agir na sinceridade. Sei que esses tipos de coisas desanima. Não queremos nada de ninguém. Temos que está firme com Deus. Só ele para nos dar forças para estar aqui trabalhando para resolver. Por muito menos, verdadeiros golpistas tinham sumido e não estavam aqui perdendo tempo com certos assuntos. Nós sabemos que não estamos certos com alguns contratos, mas todos os dias tentamos resolver, mesmo que possamos não ter fins lucrativos", completou.