Equipamento foi encontrado no Mercado São Sebastião, na PenhaReprodução

Rio - A máquina de cigarros furtada da Cidade da Políciaem fevereiro do ano passado, teria sido encontrada, na manhã desta sexta-feira (22), no Mercado São Sebastião, na Penha, Zona Norte. Inicialmente, a Polícia Civil informou que seria o mesmo equipamento. Depois, a instituição retificou e comunicou que a máquina passará por uma perícia para determinar se é de fato a que foi furtada ou se trata apenas de partes dela.
O equipamento, de seis toneladas, estava pintado com outras cores. A recuperação do material foi feita durante operação da Corregedoria Interna da Polícia Civil, com o apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). 
A ação aconteceu após o juiz Orlando Eliazaro Feitosa, de plantão no Tribunal de Justiça do Rio, determinar uma busca e apreensão no local. A máquina, capaz de produzir 2,5 mil cigarros por minuto, estava escondida debaixo de uma lona. O equipamento vai passar por uma perícia para confirmar se é o mesmo que foi furtado. 
A localização da máquina foi fornecida após uma ligação para o Disque-Denúncia nesta quinta-feira (21). Os proprietários do galpão onde o equipamento foi encontrado, no entanto, dizem que não é a mesma máquina e apresentaram nota fiscal. "Não é a máquina que foi roubada, ela possui características divergentes, cores divergentes, número de série divergente. É uma máquina que possui nota fiscal e já foi apresentada à autoridade policial. O que eu posso afirmar nesse momento é que não é a máquina produto de crime que aconteceu dentro da Cidade da Polícia", disse o advogado Lázaro Rangel.
O equipamento foi apreendido durante uma ação em novembro de 2022, que estourou uma fábrica ilegal de cigarros em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Após a ação, a máquina foi levada para o depósito da Polícia Civil, na Cidade da Polícia, no Jacaré, e por determinação da 3ª Vara do Trabalho de Caxias foi posta à venda em um leilão. No entanto, ela foi furtada. 
A corporação só percebeu o desaparecimento quatro meses depois porque um oficial de justiça, contratado pela empresa compradora do maquinário, tentou conferir a situação em que ele se encontrava. A corporação abriu um inquérito para investigar o caso apenas em novembro.
De acordo com a investigação, 50 agentes da especializada que trabalharam na Cidade da Polícia no dia do furto foram ouvidos, mas nenhum deles teria presenciado a retirada do maquinário de galpão usado pela corporação.
O governador Cláudio Castro afirmou na quinta-feira (21) que fez "uma cobrança muito dura" ao secretário de Polícia Civil, Marcus Amim, com relação ao furto. "Eu fiz uma cobrança muito dura ao secretário Amim assim que eu soube e determinei uma apuração severa, rigorosa e que a gente puna quem fez esse malfeito para que situações como essa não aconteçam mais", disse.