Wanessa Gonçalves de Oliveira, de 37 anos, foi encontrada morta dentro de casa no JacaréArquivo Pessoal
Polícia prende suspeito de matar companheira com golpes na cabeça
Gleidson Batista, de 41 anos, era considerado foragido pelo feminicídio de Wanessa Gonçalves de Oliveira, ocorrido no Jacaré, na Zona Norte
Rio - A Polícia Civil prendeu Gleidson Batista, de 41 anos, suspeito de ter matado a companheira, Wanessa Gonçalves de Oliveira, de 37, com golpes de machadinha na cabeça. O crime aconteceu no Jacaré, na Zona Norte do Rio, no dia 7 deste mês.
O homem se entregou na sede da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, na sexta-feira (26). Segundo a Polícia Civil, logo após o crime, ele se escondeu na comunidade onde morava com a vítima para evitar a prisão.
Contra o suspeito havia um mandado de prisão temporária. Gleidson passou por audiência de custódia na tarde de domingo (28) e teve a prisão mantida pelo juiz Rafael de Almeida Rezende.
Ao DIA, Dandara Oliveira, de 22 anos, filha da vítima, comemorou a prisão. Para ela, é o primeiro passo para se ter Justiça em prol de sua mãe.
"Eu e toda minha família nos sentimos aliviados de saber que a Justiça está sendo feita. É o que desejamos. Justiça pela minha mãe e por todas as mulheres vítimas de feminicídio e agressão, seja lá qual for. Mulher não deve ser propriedade de homem", disse.
Relembre o caso
Wanessa Gonçalves de Oliveira, de 37 anos, foi encontrada morta dentro de casa, na tarde do dia 7 de abril, com ferimentos na cabeça. A vítima teria sido assassinada com uma machadinha por Gleidson, que era seu companheiro.
Na época do crime, Dandara disse ao DIA que a mãe mandou mensagens para familiares na madrugada da mesma data e em uma delas citou que estava com dor. Durante o dia, antes do corpo da mulher ser encontrado, o suspeito apareceu com a mão machucada, apresentando comportamentos defensivos.
"Era uma e pouca da manhã as últimas mensagens dela. Ninguém respondeu porque estava todo mundo dormindo e a gente achou estranho. Em uma das mensagens, ela comentou um status da minha irmã que acabou de ter neném e no meio de uma dessas mensagens tem ela comentando: 'Que dor. Estou com muita dor’. Depois disso, ninguém teve mais notícias. O marido dela estava com a mão machucada e desesperado. Todo mundo achou estranha essa reação dele de não querer ir em casa para pegar os documentos e ir em um hospital, além dele ter simplesmente sumido", afirmou.
A filha da vítima disse ainda que, devido aos comportamentos, uma prima do homem resolveu ir até a residência do casal e lá encontrou o corpo de Wanessa. Segundo a jovem, o crime teria acontecido durante a madrugada, mas os familiares só souberam à tarde, pois a mulher não respondia aos contatos.
Wanessa foi enterrada no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte do Rio. Mais de 50 pessoas compareceram ao sepultamento. Na cerimônia, a tia da vítima, Irene Gonçalves, contou que a mulher vivia uma relação abusiva com o companheiro desde julho de 2023.
"Ele tem histórico, já quase matou a ex-mulher. Quando começaram a se relacionar ficamos preocupados, mas acreditamos que daria certo. Ele já machucou Wanessa com uma machadada na cabeça, ela teve que levar 20 pontos. Outra vez ele também quebrou o dedo dela e ela teve que ficar internada no Salgado Filho para operar. Além de outros cortes", lembrou a tia.
A vítima deixou duas filhas e três netos, um deles recém-nascido, que nem sequer chegou a conhecer.
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