Bruno Lima da Costa Soares, 34, está internado desde 12 de marçoReprodução / Redes sociais

Rio - O servidor da Petrobras Bruno Lima da Costa Soares, de 34 anos, que foi baleado durante o sequestro de ônibus na Rodoviária do Rio, em 12 de março, apresentou melhora significativa em seu quadro de saúde nas últimas semanas, mas segue sem previsão de alta médica após 49 dias internado. Não foi informado se ele segue na Unidade Semi-Intensiva ou se foi transferido para outro setor do Hospital Samaritana Botafogo, na Zona Sul.
Em boletim divulgado nesta terça-feira (30), o hospital informou que o paciente "está em ótimas condições clínicas, alimenta-se por via oral e é submetido a sessões constantes de fisioterapia para recuperar a força muscular". Ele mantém o quadro estável.
Atingido duas vezes durante o sequestro, no tórax e no peito, Bruno, que estava em treinamento no Rio, mas vivia em Juiz de Fora (MG), passou por três cirurgias nesses quase 50 dias, sendo a última no dia 4 de abril. Segundo a unidade, o procedimento foi feito para corrigir uma abertura parcial da cicatriz da operação anterior.
O Samaritano Botafogo é o terceiro hospital pelo qual o profissional passa. Logo após ser alvejado, ele foi levado em caso gravíssimo ao Municipal Souza Aguiar, no Centro, onde foi operado por três equipes médicas e precisou de, pelo menos, seis bolsas de sangue. Ele também passou rapidamente pelo Instituto Nacional Cardiologia (INC).
O sequestro
Paulo Sérgio de Lima, de 29 anos, que segue preso de forma preventiva, manteve 16 pessoas reféns por cerca de três horas dentro do ônibus até se entregar aos agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope). O sequestrador estava a caminho de Juiz de Fora, em Minas Gerais, cidade onde Bruno mora.
Paulo contou aos policiais que teria confundido o petroleiro com um policial à paisana. Ele estaria fugindo da comunidade da Rocinha, Zona Sul do Rio, onde teria se desentendido com traficantes e baleado um dos criminosos.
Quem é Bruno?
Bruno foi aprovado em concurso da Petrobras em 2023 para o cargo de técnico de estabilidade em operação de lastro. Ele passava por um processo de treinamento e vivia entre o Rio de Janeiro e Juiz de Fora, em Minas Gerais, onde cursa Engenharia Elétrica, na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).