Rio - Os comandantes-gerais dos Corpos de Bombeiros Militares de todo o Brasil assinaram um documento, nesta segunda-feira (06), solicitando apoio da Força Aérea Brasileira para enviar tropas e recursos pelo ar para o Rio Grande do Sul, que vive a maior crise climática de sua história. Segundo o coronel Alessandro Borges Ferreira, presidente do Conselho Nacional dos bombeiros, o pedido será entregue ao ministro da Defesa, José Múcio, ainda nesta segunda.
No ato de assinatura, o comandante-geral do CBMERJ, coronel Leandro Monteiro, afirmou que apoio é considerado fundamental para dar celeridade ao transporte de equipamentos, cães farejadores e militares especialistas em salvamento em desastres. Monteiro também é secretário estadual de Defesa Civil.
"Em tragédias como esta, cada minuto conta. Bombeiros de todo o Brasil estão a postos, com toda a sua expertise, para atuar cumprindo a missão do Corpo de Bombeiros. Contamos com o apoio da União para dar a melhor e mais rápida resposta ao povo gaúcho", destacou Monteiro.
Uma tropa com 54 bombeiros militares do Rio de Janeiro chegou ao Rio Grande do Sul, por via terrestre, nesta segunda-feira. De acordo com Monteiro, a delegação não conseguiu ir pelo ar.
"O apoio aéreo é extremamente necessário, o quanto antes. Temos histórico de vítimas encontradas com vida sob os escombros depois de vários dias. Ainda há esperança. Mas temos que agir rápido - concluiu Monteiro.
A Fraport, administradora do aeroporto, divulgou uma nota em que coloca o dia 30 deste mês como data final da suspensão das operações. Imagens mostram alagamentos em áreas de espera, de circulação de passageiros e até de pouso de aviões.
A elevação deve permanecer acima do limite para inundação (3 m) pelos próximos 10 dias. Antes dos níveis atingidos neste mês, o recorde era de 1941 (4,76 m).
Em razão disso, o estado decretou estado de emergência, situação que mobilizou autoridades de Brasília ao Rio Grande do Sul. Com a medida, o estado fica apto a solicitar recursos federais para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.
Na capital, as principais rotas de acesso e saída estão bloqueadas. Além disso, a Rodoviária de Porto Alegre também está fechada.
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