Contra Jorge Luiz havia um mandado de prisão em aberto pelos homicídios Divulgação
Edson e Jordan foram encontrados mortos na Estrada de Xerém, Bairro Babi, em Belford Roxo, distante do ponto onde foi feita a abordagem. Na época do crime, Júlio César e Jorge Luiz disseram que liberaram os dois cerca de 40 metros depois porque concluíram que nem os jovens e nem a motocicleta tinham irregularidades. Na ocasião, os agentes chegaram a ser presos, mas respondiam em liberdade pelo crime de homicídio até a Justiça decretar novamente a prisão de ambos.
Ao longo das investigações do caso, foi descoberto que os dois tinha envolvimento com a milícia da região. No celular de Júlio César foram encontrados indícios dos crimes cometidos por eles e por outros policiais do 39º BPM (Belford Roxo).
No aparelho, os investigadores descobriram que os PMs lotados no Setor Alfa do batalhão vendiam armas e drogas apreendidas em ações contra o tráfico, o que desencadeou a operação realizada pelo MPRJ.
Os agentes do 39° BPM (Belford Roxo) são acusados de organização criminosa, corrupção passiva e peculato. De acordo com a denúncia, além de vender as apreensões, os policiais cobravam propina de motoristas e mototaxistas. Já os comerciantes pagavam uma taxa semanal em troca de proteção. As investigações apontam que os PMs também retiravam peças de carros apreendidos antes de registrar as ocorrências nas delegacias. O MPRJ afirma que o grupo vendia pneus, rodas e baterias dos veículos roubados.
Após a denúncia, a PM informou que Jorge Luiz Custódio da Costa será submetido a um procedimento administrativo disciplinar, que pode resultar na exclusão do agente dos quadros da corporação.
"O comando da Polícia Militar do Rio de Janeiro não compactua com desvios de conduta na tropa. Caso a denúncia em pauta seja comprovada no decorrer do processo apuratório, o envolvido será punido com o rigor previsto no regulamento interno da corporação", disse em nota.
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