Simone de Aguiar Rocha, mãe do PM, no IML neste sábado (18)Renan Areias
"A minha vida foi embora, não tenho mais vida. Eu peço a Deus que me leve para encontrar com ele. Eu vi meu filho no chão, covardemente morto", disse, em meio às lágrimas, Simone de Aguiar Rocha, mãe da vítima.
Sob forte emoção, Simone também relembrou que ele faria aniversário no próximo final de semana e, agora, passou a não ter mais sentido. "Meu filho ia fazer 39 anos sábado que vem e não tem mais vida", lamentou.
Em seu relato, ela conta que Lucas era conhecido por ser bom para todos à sua volta. "Meu filho era bom pai, bom filho, bom marido, bom primo, bom amigo, bom em tudo", contou. Lucas deixa esposa e duas filhas, uma de 16 anos e outra de 2.
"Não sei nem te falar como eu estou, nem a mãe, esposa, familiares, amigos. É muito triste. Até agora eu ainda espero olhar [o corpo] e ver que não é ele, que não morreu", desabafou Orlando Rocha, primo de Lucas. E completou: "Ele era um rapaz que vivia sorrindo, não brigava com ninguém, pagou por conta de uma pessoa destemperada", lastimou.
Lucas era lotado no 2º BPM (Botafogo) e voltava do trabalho em seu veículo quando o motorista de um Celta Preto tentou fechar seu carro. Os dois pararam e o homem - que ainda não foi identificado - iniciou uma discussão com o PM, atirou três vezes contra ele e fugiu em seguida.
A família desmentiu informações que circularam na internet sobre o militar ter saído do carro com a arma em punho. Segundo parentes, o objeto foi encontrado na cintura de Lucas após ele ser baleado.
De acordo com a Polícia Militar, agentes do 3º BPM (Méier) foram acionados para uma ocorrência de homicídio. Chegando no local, encontraram Lucas caído no chão, já sem vida. A Delegacia de Homicídios da Capital foi acionada.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.