João Paulo dos Santos Sousa, de 27 anos, foi baleado na praia da Reserva, na manhã de sábado (18)Reprodução/Maps

Rio - João Paulo dos Santos Sousa, de 43 anos, baleado na praia da Reserva, na Zona Oeste do Rio, estava praticando exercícios físicos próximo à ciclovia quando foi abordado violentamente por dois criminosos armados. O homem foi atingido no peito, na manhã deste sábado (18), e está internado em estado grave no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca.
Segundo a 16ª DP (Barra da Tijuca), distrital responsável pela investigação, agentes buscam imagens de câmeras de segurança da região para identificar os autores do crime. Ninguém foi preso até o momento.
João Paulo foi socorrido por bombeiros de plantão na praia da Reserva, que acionaram uma ambulância do Samu. Segundo testemunhas, os bandidos estavam em uma motocicleta Twister vermelha e atiraram após roubarem o cordão da vítima.
Especialista fala sobre aumento da violência na Barra da Tijuca
De acordo com o especialista em Segurança Pública, José Ricardo Bandeira, o aumento da criminalidade na Barra da Tijuca pode ter relação com a onda de violência em Copacabana, já que medidas de segurança foram implementadas no bairro da Zona Sul. "A criminalidade se desloca no tempo e no espaço de acordo com as medidas que são implementadas pelo poder público, a isso damos o nome de mancha de criminalidade. Ou seja, cada vez que a polícia exerce a repressão em algum local a criminalidade se desloca para uma outra região que esteja mais desguarnecida", explicou, em entrevista ao DIA.
Bandeira ressaltou, ainda, que o deslocamento da criminalidade fica visível porque o estado não tem efetivo de agentes públicos suficientes para oferecer segurança em todas as regiões simultaneamente.
Os moradores do bairro não pensam muito diferente. A empresária Elizabeth Cunha, de 50 anos, mora na Barra da Tijuca há quase 10 anos e está assustada com a onda de violência. "Realmente, a situação está preocupante por aqui. Eu moro na Barra há quase 10 anos e nunca vi nada parecido. Todo dia a gente escuta relato de algum assalto, furto, tiro. Eu fico com medo de sair de casa e quando saio, vou sem celular pra não correr o risco de ser assaltada", disse à reportagem.