Eliseu Neto era ativista LGBTQIA+ líder de ação que criminalizou homofobia no BrasilDivulgação

Rio - O corpo do ativista e defensor dos direitos das pessoas LGBTQIA+, Eliseu Neto, de 45 anos, será cremado nesta quarta-feira (22) no Crematório e cemitério vertical da Penitência, no Caju, Zona Norte do Rio, às 16h30. O velório vai ser na capela 8, às 13h30. Eliseu morreu nesta terça-feira (21).
O ativista, que também era psicanalista, psicólogo e psicopedagogo, morreu no Rio de Janeiro, onde morava. Ele foi diagnosticado com uma doença autoimune que demandava um tratamento caro.
Há pouco mais de uma semana, o ativista fez uma publicação pedindo ajuda financeira para tratar uma doença autoimune. Na ocasião, Eliseu disse que não estava mais conseguindo sair de casa e que precisava de sessões de fisioterapia.
Eliseu liderou iniciativas que resultaram em grandes conquistas para a comunidade LGBTQIA+, entre elas a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) no Supremo Tribunal Federal (STF), que resultou na criminalização da homofobia no Brasil, e o fim da proibição de doação de sangue por homossexuais.
Nas redes sociais, o pai do ativista, que se identifica como Lee Eliseu, lamentou a partida precoce de seu filho.
"Com muita dor no coração informo o falecimento do meu primogênito Eliseu Neto. Peço a Deus que nos conforte", disse ele.
O partido Cidadania, ao qual era filiado, também se manifestou nas redes.
"O Cidadania lamenta comunicar com profundo pesar a perda de forma precoce e irreparável do companheiro Eliseu Neto, psicanalista, psicólogo, ativista e psicopedagogo, esp. em Orientação Profissional e defensor dos direitos das pessoas LGBTQIA+ e presidente do Diversidade 23", anunciou a nota do perfil do X, antigo Twitter.