Sala de aula Arquivo / Agência O Dia

Rio - Os profissionais da rede estadual de educação do Rio realizarão, nesta terça-feira (28), uma greve de 24 horas para protestar contra a falta de reajuste salarial. De acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ), a categoria acumula perdas salariais de 45,51% nos últimos dez anos.
Por volta das 9h de terça-feira, o Sepe realiza uma assembleia na Associação Brasileira de Imprensa, no Centro do Rio. À tarde, o grupo se juntará a estudantes e profissionais das redes municipal e federal para um protesto no Largo do Machado, na Zona Sul. Em seguida, os manifestantes seguirão ao Palácio Guanabara, onde pedirão por garantia das verbas de educação, fim do Novo Ensino Médio e outras reivindicações.
De acordo com um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), os profissionais de educação estadual tem 69,72% do poder de compra que tinham no mês de julho de 2014. Com isso, o Sepe afirma que as principais reivindicações da categoria são:
- Reajuste salarial;

- Cumprimento do acordo na Alerj do pagamento das duas parcelas de reajuste de 6,5% cada, referentes às perdas salariais de 2023 e 2024;

- Piso Nacional do magistério dentro do Plano de Carreira e Salário Mínimo Regional para os funcionários administrativos;

- Revogação do Novo Ensino Médio.
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação (Seeduc) informou que todas as 1.232 unidades de ensino funcionarão normalmente nesta terça-feira, conforme o cronograma escolar.
"Vale lembrar que é de amplo conhecimento, que o Governo do Estado está impedido de dar aumento de salário no plano de carreira dos servidores da Educação pelo Regime de Recuperação Fiscal - RRF. O Estado já solicitou ao Governo Federal a saída da pasta do RRF, o que ainda não ocorreu. Apesar disso, em maio de 2023, o Governo do Estado autorizou o reajuste a 36 mil professores, para que nenhum recebesse abaixo do valor do piso nacional do magistério", comunicou a pasta.
Por fim, a Seeduc ressaltou que o Rio de Janeiro possui a maior rede estadual de concursados do país e que, em dezembro do ano passado, os servidores receberam o Abono Fundeb, equivalente ao 14º salário.
"Foram investidos mais de R$ 1 bilhão em benefícios de valorização do magistério, como abonos, triênios, adicionais de qualificação e auxílios transporte e alimentação", concluiu.