Júlia teria envenenado o namorado com 50 comprimidos moídos dentro de um brigadeirãoReprodução
Mais cedo, a advogada Hortência Menezes havia informado que Júlia iria colaborar com as investigações. A negociação sobre a rendição durou cerca de 12 horas. Contra ela havia um mandado de prisão em aberto por homicídio qualificado. A suspeita estava foragida desde 28 de maio.
De acordo com o delegado responsável pela investigação, Marcos André Buss, alguns pontos ainda precisam ser esclarecidos e o depoimento de Júlia seria importante.
"A prisão é temporária de modo que neste prazo se a Júlia preferir falar gostaríamos de ouvir a versão dela, porque tem uns pontos a esclarecer, principalmente sobre a relação dela com a Suyany", disse.
Júlia deve ser transferida para o presídio de Benfica, na Zona Norte, por volta de 12h desta quarta-feira (5).
Dívida de R$600 mil com cigana
Segundo a cigana Suyany Breschak, presa no último dia 28 por ter ajudado Júlia a se desfazer dos bens da vítima, a suspeita fazia programas sexuais para se manter, e que ao longo dos anos passou a lhe dever R$ 600 mil pelos atendimentos, que vinham sendo quitados com pagamentos em torno de R$ 5 mil mensais há cerca de 5 anos.
Em depoimento, a cigana revelou que seu trabalho era relativo à limpeza espiritual para que familiares e namorados não descobrissem a vida de Júlia como garota de programa e também para atrair mais clientes. Segundo ela, a suspeita seguia a vida da seguinte maneira: passava os fins de semana com um outro namorado e dividia o restante dos dias entre Luiz Marcelo e eventuais atendimentos.
O imóvel vendido ao amigo da vítima fica no bairro Maria da Graça, na Zona Norte do Rio. O acordo consistia no pagamento de R$ 3 mil no dia 25 de cada mês e R$ 20 mil nos meses de janeiro até completar o valor total. A compra foi feita em março deste ano e firmada em cartório.
Por fim, a cigana ressaltou que o relacionamento de Júlia com Luiz era "puramente interesse", já que a suspeita dizia que o homem tinha investimentos e dinheiro. Além disso, ao longo do fim de semana do crime, a mulher chegou a dizer que viu um urubu em sua janela, cobriu o corpo com cobertor e jogou água sanitária no apartamento.
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