Chiquinho e Domingos Brazão são acusados de serem mandantes do assassinato de MarielleReprodução
Revogação de homenagens a irmãos Brazão não é finalizada por falta de quórum na Câmara do Rio
Proposta da vereadora Mônica Benício, viúva de Marielle Franco, teve apenas 23 votos e não atingiu número mínimo
Rio - Por apenas dois votos, a proposta de revogação das medalhas Pedro Ernesto aos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, acusados de serem os mandantes dos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, deixou de ser finalizada, na tarde desta quinta-feira (6), na Câmara de Vereadores do Rio. É a sexta vez que o pedido deixa de ser votado.
A conclusão da votação não aconteceu devido a falta de quórum mínimo de 26 vereadores na sessão. Apesar do painel registrar a presença de 43 parlamentares, apenas 23 marcaram seus votos, sendo 17 "sim", 1 "não" e 5 abstenções. Ou seja, 20 vereadores deixaram de votar.
O presidente da sessão, o vereador Carlo Caiado (PSD), é impedido regimentalmente de votar, mas sua presença conta pro somatório final do quórum necessário, totalizando 24 presenças.
Geralmente, as propostas são votadas por aclamação, mas qualquer vereador pode pedir votação nominal, como aconteceu com Mônica Benício (Psol) sobre essa solicitação. Segundo a parlamentar, ela vai continuar pedindo esta forma para ver o posicionamento de cada vereador.
"Eu seguirei cobrando isso porque o Rio merece e tem o direito de saber no painel quais os vereadores que estão do lado da democracia e quais estão do lado da milícia, da barbárie e da violência. A Câmara Municipal precisa se posicionar politicamente e até isso segue se negando a fazer. Enquanto isso, ela é conivente com o assassinato de Marielle Franco e de Anderson Gomes e dizendo que ok uma vereadora ser assassinada e o apontado pelo mando desse crime seguir sendo homenageado", disse.
Na terça-feira (4), a votação também deixou de ser finalizada por falta de quórum. A previsão é que o pedido volte a ser analisado na próxima semana.
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