Caso aconteceu na Escola Municipal Estados Unidos, no CatumbiReprodução/Maps
Professora é presa por injúria racial contra menina de 8 anos em escola
Mãe afirma em denúncia que mulher teria chamado criança de 'preta do cabelo de palha'. Educadora foi afastada do cargo pela Secretaria Municipal de Educação
Rio - Uma professora da rede pública municipal foi presa por injúria racial, nesta sexta-feira (7), em escola no Catumbi, Região Central. A prisão foi feita por agentes do 4º BPM (São Cristóvão) que foram acionados após denúncia feita pela mãe de uma aluna, de 8 anos, na Escola Municipal Estados Unidos.
Segundo relato da parente, a mulher teria chamado a menina de "preta do cabelo de palha". Essa não teria sido a primeira ofensa racista cometida por ela contra a criança. O caso causou comoção entre outros alunos e pais, que acompanharam a prisão da professora.
A escola municipal onde o caso aconteceu divide espaço com o Colégio Estadual Tomas Antônio Gonzaga.
Durante a abordagem, a mulher passou mal e precisou ser socorrida. De acordo com o Corpo de Bombeiros, ela foi levada para o CER Centro, que faz parte do complexo do Hospital Municipal Souza Aguiar.
O caso foi registrado na 19ª DP (Tijuca), onde a professora foi presa em flagrante por injúria racial.
Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Educação informou que a professora foi afastada do cargo e responderá uma sindicância interna que irá apurar o caso. "Os alunos e seus responsáveis foram acolhidos e receberam apoio da equipe gestora da escola", diz comunicado da pasta.
A reportagem de O DIA procurou a defesa da professora, mas até o momento não obteve retorno. O espaço está aberto para manifestação.
Confira a nota na íntegra:
"A Secretaria Municipal de Educação afastou a professora de suas funções e instaurou uma sindicância para apurar o caso. Os alunos e seus responsáveis foram acolhidos e receberam apoio da equipe gestora da escola. A Secretaria reforça que qualquer forma de discriminação contra alunos é inadmissível, rigorosamente combatida e punida. A professora está sujeita a ser demitida do serviço público ao término da apuração. Desde 2021, a Secretaria foi uma das pioneiras no Brasil ao instituir a Gerência de Relações Étnico-Raciais (GERER), dedicada a implementar políticas e práticas educativas que combatam o racismo e valorizem a história e a cultura afro-brasileira e indígena, formando alunos e professores comprometidos com a igualdade racial".
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