Mia Lages, 3, recebendo a dose da vacina contra a paralisia infantil Renan Areias / Agência O Dia
Dia D da vacinação contra poliomielite é marcado por grande movimento nos postos da cidade
Super Centro Carioca, em Botafogo, promoveu atividades recreativas e ofereceu brinquedos para as crianças
Rio - O sábado (8) foi marcado por grande movimentação nos postos de saúde espalhados pela cidade, no Dia D contra a poliomielite. Com a meta de imunizar até 237 mil crianças de 1 a 4 anos, até o dia 14, quando a campanha termina, foram disponibilizados mais de 700 pontos de vacinação, como o Super Centro Carioca, em Botafogo, na Zona Sul. O local promoveu atividades recreativas com brinquedos e palhaços, além da presença do Zé Gotinha, para atrair a criançada.
Moradora de Botafogo, a advogada Alice Pinto, de 37 anos, levou sua filha, Mia Lages, 3, para tomar a dose da vacina. Em entrevista ao O DIA, ela contou que chegou ao local por volta das 8h40 e que o atendimento foi rápido e atencioso.
"Eu sempre levo ela [Mia] para tomar todas as vacinas. E hoje no Super Centro de Vacinação foi muito tranquilo", disse Alice, que completou: "A vacina é fundamental. É uma coisa que não existe a possibilidade de não aderir, todo mundo deveria tomar todas as vacinas que disponibilizam, tanto para o bem próprio como para a comunidade."
Quem também esteve presente na unidade de Botafogo foi Gabriela Venâncio, de 19 anos. A atendente levou seu filho Diego, de 2 anos e 9 meses, para se prevenir contra a paralisia infantil.
"Não é a primeira vez que o Diego toma vacina lá, já fez outras vezes. Tenho uma experiência boa lá, eles são bastante atenciosos e pacientes. Só a minha criança que tem trauma, mas não é por causa dos funcionários. Teve uma vez, quando ele era ainda menor, que precisaram furar ele algumas vezes pra tirar sangue, aí acabou traumatizando", contou Gabriela.
Ela chegou ao posto às 9h e disse que dessa vez foi tranquilo para o pequeno Diego. Para Gabriela, é fundamental que todos os pais e mães levem seus filhos.
"A vacinação é muito importante para evitar doenças futuras. Por isso é fundamental que mantenham as vacinas sempre atualizadas. Assim as crianças ficam imunizadas e nós, pais, mais tranquilos", reforçou.
A poliomielite é uma doença grave, que pode causar paralisia infantil, geralmente afetando membros inferiores, de forma irreversível. Conforme orientação do Ministério da Saúde, crianças de 1 a 4 anos que estejam em dia com o esquema básico devem receber mais uma dose da vacina oral (VOP) para se prevenirem da doença.
O Dia D da campanha contra a paralisia infantil aconteceu em todo o Brasil, neste sábado. Ela faz parte da Estratégia Nacional de Vacinação contra a poliomielite, que teve início no dia 27 de maio e vai até o dia 14 deste mês, tendo como objetivo reduzir o risco da reintrodução da doença – erradicada no país desde 1994 – e aumentar a cobertura vacinal.
O secretário municipal de saúde do Rio, Daniel Soranz, abriu o dia D no Super Centro Carioca de Vacinação de Botafogo ao lado de Rivaldo Venâncio Cunha, diretor de programa da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde.
"O Ministério da Saúde está preocupado em manter o Brasil com a poliomielite erradicada, para que as nossas futuras gerações, a exemplo da atual, mantenham-se livres da doença", ressaltou Rivaldo.
Para as crianças que ainda não se imunizaram, a vacina está disponível em todas as 238 clínicas da família e centros municipais de saúde espalhados por toda a cidade, além do Super Centro Carioca de Vacinação, em Botafogo, que funciona todos os dias, das 8h às 22h; e do Super Centro Carioca de Vacinação unidade Campo Grande, localizado no ParkShoppingCampoGrande, que também funciona todos os dias, de acordo com o horário de funcionamento do centro comercial.
Ao todo, 100 mil e 169 vacinas foram aplicadas neste sábado (8). Destes, 37.834 foram para polio, 19.428 de covid-19/XBB e 42.907 para Influenza.
*Reportagem do estagiário João Pedro Bellizzi, com colaboração de Renan Areias, sob supervisão de Raphael Perucci
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