Igreja de São Gonçalo de Amarante precisa de ajuda para reformas estruturais e restauro de RetábuloDivulgação

Rio - Protetor contra as inundações e as tempestades, São Gonçalo teve duros embates com as mesmas nos últimos anos no município que leva seu nome na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. E tais enfrentamentos acabaram atingindo sua casa, a Paróquia de São Gonçalo de Amarante, ou Igreja Matriz, como é mais conhecida. Já bastante deteriorada pela ação do tempo, o local ainda sofreu um baque forte, com a queda de um Retábulo, datado do Século XVIII, no fim de maio.

Agora, o padroeiro dos violeiros precisa mais do que nunca de uma 'moda de ajuda' para poder receber os fiéis paroquianos em segurança. A Paróquia já realizava uma campanha para arrecadar R$ 1,7 milhão e custear uma ampla reforma. Mas a queda do Retábulo agravou tudo, pois o restauro custa mais R$ 1,2 milhão, totalizando R$ 2,9 milhões.

De acordo com o padre André Luís, o templo já vem passando por ações de restauro nos últimos dez anos, que custaram cerca de R$5 milhões, totalmente custeados pelos paroquianos. Mas agora, com a queda do Retábulo, a situação exige uma ação mais imediata e ajuda do governo e empresas.

"A necessidade de intervenção é urgente, pois foi encontrada uma grande quantidade de cupim nas peças que se desprenderam. Embora algumas intervenções não sejam tão visadas, já realizamos a substituição de todo o sistema elétrico, reconstrução da laje da cobertura e do telhado", contou.

Sem verba da Prefeitura para auxílio

Apesar de usar a imagem da igreja ao divulgar os pontos de interesse da cidade em sua página sobre história, a Prefeitura de São Gonçalo lamentou os incidentes, mas informou não poder ajudar financeiramente na reforma e restauro.

"O orçamento municipal não prevê despesa para tal finalidade, já que se trata de um prédio privado, que não é tombado pelo Patrimônio Histórico. A Secretaria de Turismo e Cultura já se colocou à disposição da Igreja Matriz para colaborar naquilo que tiver ao seu alcance", disse em nota.
 
* Colaborou Ana Claudia Almeida (@vozdoamarante)