Ronnie Lessa fez as acusações durante delação premiadaReprodução

Rio - O ex-policial militar Ronnie Lessa foi transferido da Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, na tarde desta quinta-feira (20), para presídio de segurança máxima no interior de São Paulo. Réu confesso pela execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ele cumprirá sua pena na unidade de segurança máxima Doutor Tarcizo Leonce Pinheiro Cintrade, em Tremembé.
A transferência atende a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após pedido feito pela defesa do próprio ex-policial. O aceite também faz parte do conjunto de benefícios a que o acusado tem direito por ter delatado os demais participantes do crime. Conforme determinação de Moraes, dois novos anexos da delação de Ronnie Lessa deverão ser liberados.
Lessa é um dos delatores do caso Marielle Franco e, em trecho mais recente do seu depoimento, apontou os irmãos Brazão como os mandantes do assassinato. Segundo o executor do crime, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, e Chiquinho Brazão, deputado federal (União-RJ), atuaram como mandantes do homicídio da vereadora.
Em março, quando os irmãos e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa foram presos, outras partes dos depoimentos de colaboração também foram divulgadas. As oitivas justificaram a decretação das prisões.
Lessa está preso pelo assassinato da vereadora Marielle e do motorista Anderson desde março de 2019, assim como seu comparsa Élcio de Queiroz. Em 2020, ele foi transferido para Campo Grande após passar mais de um ano no presídio federal de Porto Velho, em Rondônia.