Rio recebe inverno com previsão de temperaturas acima da médiaRenan Areias/ Agência O DIA

Rio - O outono mais quente da série histórica da cidade do Rio se despede na tarde desta quinta-feira (20) para a chegada do inverno, mais precisamente às 17h51. A semana, no entanto, vai continuar com temperatura estável, segundo o Alerta Rio. O céu estará com poucas nuvens ao longo do período e não há previsão de chuva. Os ventos permanecerão fracos a moderados e as temperaturas estáveis, com mínima prevista de 15°C e máxima prevista de 33°C.
Entre a sexta-feira (21) e o sábado (22), o tempo permanecerá estável na cidade do Rio com nebulosidade variada, com céu claro a parcialmente nublado e sem previsão de chuva. Os ventos estarão fracos a moderados. Para o domingo (23) e a segunda-feira (24), a previsão é de céu variando entre claro e parcialmente nublado e sem chuva. Os ventos estarão predominantemente moderados.
O inverno, período mais seco no Rio de Janeiro, tem como características marcantes as temperaturas mais amenas, ocorrência de névoa entre o fim da madrugada e início da manhã, e a maior frequência de frentes frias.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a previsão para o inverno na Região Sudeste indica que o nível de chuva ficará abaixo da média, porém não se descarta a ocorrência de chuva ligeiramente acima da média em áreas pontuais do litoral sul de São Paulo, por conta de frentes frias. As temperaturas tendem a permanecer acima da média em grande parte da região, porém não se descarta a possibilidade de queda na temperatura média do ar devido à entrada de massas de ar frio em alguns dias, podendo ocorrer formação de geadas em pontos isolados de regiões com altitude elevada.
Climatologicamente, a estação é marcada pelo período menos chuvoso das regiões Sudeste, Centro-Oeste e parte das regiões Norte e Nordeste do Brasil, enquanto os maiores volumes de precipitação (chuva) ficam concentrados sobre o noroeste da Região Norte, leste da Região Nordeste e parte da Região Sul do Brasil. A redução das chuvas em grande parte do país nesta época do ano acontece devido à persistência de massas de ar seco, que ocasionam a diminuição da umidade relativa do ar, o que consequentemente, favorece o aumento da incidência de queimadas e incêndios florestais, bem como aumento de doenças respiratórias.
A redução das chuvas em grande parte do país nesta época do ano acontece devido à persistência de massas de ar seco, que ocasionam a diminuição da umidade relativa do ar, o que consequentemente, favorece o aumento da incidência de queimadas e incêndios florestais, bem como aumento de doenças respiratórias.
O inverno termina no dia 22 de setembro, às 9h44.
Outono mais quente do Rio
O outono de 2024 já pode ser considerado com a maior média de temperaturas máximas da série histórica. A informação foi divulgada na manhã desta quinta-feira pelo Sistema Alerta Rio, serviço meteorológico da Prefeitura do Rio. A média de 32,4°C é a maior da medição iniciada em 2014. O último outono mais quente tinha sido o de 2019, com média de 31,9°C.
A maior temperatura registrada neste outono de 2024 foi de 40,6°C, no dia 21/03, às 14h, na estação meteorológica de Guaratiba. Além disso, o mês de maio registrou a maior temperatura máxima, de 38,9°C, no dia 02/05, às 14h20, na estação Guaratiba. Ambas são recordes de toda a série histórica do Alerta Rio, tanto para o outono quanto para um mês de maio.
A estação também foi marcada pela temperatura mais baixa do ano. O recorde de frio de 2024 foi registrado no outono, com 14°C no dia 13/06 às 5h30, na estação Alto da Boa Vista.
Recorde de dias sem chuva

Desde o início do outono deste ano, foram registrados 27 dias de chuva no Rio. Em maio, a cidade teve 18 dias sem chuva e, provavelmente, essa marca será batida em junho, segundo Raquel Franco, meteorologista-chefe do Alerta Rio.

"A última vez que ficamos tantos dias sem chuva foi em janeiro de 2021. Todos esses últimos três eventos foram nessa configuração atmosférica de bloqueio, que impede sistemas frontais de chegar na região, e mantém essa massa de ar mais quente e seca atuando por mais dias consecutivos", afirma Raquel. Em junho, foram registrados apenas três dias de chuva.