Varão é acusado de comandar milícia na BaixadaDivulgação
De acordo com o MPRJ, a organização é acusada de praticar diversos crimes, incluindo extorsão de comerciantes e moradores, exploração de serviços de gás, água e internet, comercialização de gelo, agiotagem, operação de vans, cobrança de taxas condominiais e gestão de aterros clandestinos.
Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa e cumpridos em Queimados e Nova Iguaçu. Um dos endereços de busca e apreensão foi a sede de uma empresa que atua no setor de serviços de comunicação multimídia e é suspeita de ser utilizada para lavagem de dinheiro das atividades da organização criminosa.
Segundo apurado, a organização criminosa utiliza duas empresas provedoras de internet para lavar o dinheiro advindo de atividades ilegais. Além disso, os milicianos estariam impedindo outras companhias de fornecer o serviço na região, criando um monopólio das empresas ligadas ao grupo.
A Operação Ruptura foi realizada pela Delegacia de Combate às Organizações Criminosas com apoio do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).
Juninho Varão era considerado um dos homens fortes de Danilo Dias Lima, o Tandera, mas após um golpe, passou a controlar a milícia que atua em bairros como Cabuçu, Palhada, Valverde e Grão Pará, em Nova Iguaçu. No município, ele disputa o controle de territórios com o grupo de Luís Antônio Braga, o Zinho, que está preso desde dezembro do ano passado após se entregar à Polícia Federal.
Segundo investigações, ele mantinha uma aliança com Tauã Oliveira, o Tubarão, morto em fevereiro deste ano, e por isso é um dos nomes investigados como sucessor do miliciano.
Além disso, o miliciano também é investigado por participar da guerra por disputa de territórios em Seropédica, na Baixada, que provocou a morte do estudante Bernardo Paraiso, de 24 anos, em abril.
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