Representantes do governo e da SuperVia se reuniram no TJRJ
SuperVia tem condições de manter a circulação de trens até, no máximo, agosto
Auditoria constatou que a concessionária precisa de um aporte de R$ 120 milhões para manter o serviço até o fim do ano
Rio - Um relatório apresentado por observadores especializados das empresas Tostes Consultoria e Alternativa Soluções e Projetos Financeiros concluiu que a SuperVia tem condições de manter o transporte de trens no estado, no máximo, até o mês de agosto deste ano. Nesta quinta-feira (27), representantes do Governo do Estado e da concessionária se reuniram no Tribunal de Justiça do Rio para discutir o resultado da auditoria.
Em recuperação judicial, a SuperVia necessita de um aporte de recurso de aproximadamente R$ 120 milhões para manter o funcionamento até o fim de 2024. Para que os trens continuem circulando até o ano que vem, serão necessários R$ 220 milhões.
As empresas que declararam o estado de insolvência da concessionária foram nomeadas pelo juízo da 6ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro para analisar a situação econômico-financeira da concessionária
Além de representantes do governo e da SuperVia, a reunião, presidida pelo juiz Victor Agustin Torres, contou com as participações do Ministério Público do Rio (MPRJ), escritório E. Ferreira Gomes Advogados e dos observadores especializados. Após a exposição dos especialistas, os participantes da audiência reuniram-se a portas fechadas para debaterem sobre o teor do relatório.
Em maio deste ano, a SuperVia ajuizou petição junto ao TJRJ requerendo a intimação do governo para realização de pagamentos emergenciais mensais em favor da concessionária para garantir o transporte de trens. Além disso, haveria a necessidade de reestruturar o contrato de concessão até janeiro de 2025.
No entendimento da concessionária, caso os requerimentos não sejam acolhidos, não restará outra alternativa senão que o juízo determine a convolação imediata da recuperação judicial em falência da SuperVia.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.