Ramal Belford Roxo volta a operar com intervalos regulares e sem baldeação, nesta quarta-feira (10)Divulgação
Ramal Belford Roxo volta a operar com intervalos regulares após quatro dias de instabilidade
Supervia diz que técnicos precisaram fazer consertos na rede aérea, após tiroteio em Costa Barros, na Zona Norte do Rio
Rio - A circulação no ramal Belford Roxo foi normalizada na tarde desta quarta-feira (10), após quatro dias operando com intervalos irregulares e obrigando passageiros a fazerem baldeação. De acordo com a Supervia, concessionária que administra o serviço de trens no estado do Rio, desde que a rede aérea foi atingida por tiros na região de Costa Barros, no sábado (6), técnicos vinham realizando consertos na rede aérea, que resultaram na paralisação do serviço.
"Em alguns momentos, era impossível os técnicos prosseguirem trabalhando por causa da insegurança no entorno", disse a Supervia. Neste período de instabilidade, a concessionária optou por manter a viagem Central do Brasil X Belford Roxo com troca de composição na estação Mercadão de Madureira. Agora, o ramal voltou a operar entre os terminais sem baldeação e com o intervalo regular de 23 minutos.
Os passageiros que dependiam do serviço se indignaram com a demora para solucionar o problema e reclamaram do longo tempo de espera, que chegava a 80 minutos. "Esculacho constante, mais de 30 minutos sem trem do ramal Japeri. As pessoas não conseguiram chegar em seus compromissos, o trem vai chegar lotado e ninguém vai conseguir entrar"; "Eu achei que ia adiantar a vida se pegasse o trem ao invés do metrô. Isso era 11h, da Vila Rosali vim parar em Belford Roxo. A meta era Del Castillo. O trajeto que era de 20 minutos já virou mais de 1 hora", escreveram alguns passageiros.
A concessionária calcula que, devido ao episódio de violência em Costa Barros, a SuperVia perdeu quase 8,5 mil passageiros no Ramal Belford Roxo, entre sábado (6) e hoje (10). "Mesmo com a concessionária reorganizando sua logística, os intervalos maiores por conta da troca de composição (que chegou a 80 minutos) acabou afastando 60% dos passageiros do ramal, gerando prejuízo para a empresa e atrapalhando a vida de muitos trabalhadores", estimou a concessionária.
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