Servidoras da Secretaria da Mulher colaram adesivos no MaracanãDivulgação / SEM-RJ

Rio - O estádio do Maracanã, na Zona Norte, adotará um novo protocolo contra casos de assédio a partir desta quinta-feira (11). De acordo com a Secretaria Estadual da Mulher, as equipes de segurança passarão por um processo de capacitação e os banheiros receberam adesivos com avisos para que as vítimas possam entrar no aplicativo Rede Mulher e denunciar o caso.
Uma pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Púbica em 2022 apontou que, em dias de jogos de futebol, o número de ameaças contra mulheres aumenta em 23,7%, enquanto os crimes de lesão corporal dolosa aumentam em 20,8%. O estudo conclui que o jogo de futebol pode funcionar como um catalisador para aflorar valores da masculinidade e a forma como alguns homens se veem dentro de uma estrutura de poder quanto ao gênero.
A Secretaria da Mulher informou que o protocolo, intitulado "Não é Não! Respeite a decisão", prevê uma série de ações e recomendações para tornar grandes eventos mais seguros e acolhedores para as mulheres. Antes da partida entre Flamengo e Fortaleza, que acontece às 20h desta quinta-feira, servidoras da pasta colaram os adesivos 'Mexeu com uma, mexeu com a Rede Mulher', com informações sobre o aplicativo, em pontos estratégicos do estádio.
Além disso, um vídeo informativo da campanha será veiculado no telão do estádio durante a partida e uma faixa da campanha entrará em campo. De acordo com a secretária de Estado da Mulher, Heloisa Aguiar, o protocolo fortalece a presença das mulheres nos espaços de lazer, como o futebol. 
"Dessa forma, garantimos a todas as mulheres que frequentam esse espaço um atendimento humanizado, empático e acolhedor, garantindo a elas o acesso à rede de proteção e uma escuta ativa que as proteja de violências", explicou a secretária. 
O aplicativo Rede Mulher possibilita acionar o botão de emergência diretamente com a Central 190, da Polícia Militar, fazer um registro de ocorrência on-line, solicitar medida protetiva, consultar a lista de centros de atendimento à mulher em todo estado e registrar 'guardiões', até três pessoas que são alertadas em situação de emergência.