Caso é investigado como estupro de vulnerável pela 58ª DP (Posse) Reprodução / Google Maps

Rio - Um professor de judô de uma academia de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, é acusado de abusar sexualmente de uma aluna, de apenas 11 anos, dentro do estabelecimento. De acordo com familiares da vítima, o homem passou as mãos nos seios da criança e a obrigou a masturbá-lo. A Polícia Civil investiga o caso.
Ao DIA, uma tia da menina disse que os abusos aconteceram no dia 2 deste mês, mas a sobrinha relatou os fatos apenas nesta quarta-feira (17). A familiar disse que começou a notar um comportamento diferente na criança nos últimos dias.
No dia em que os abusos teriam acontecido, o professor mandou uma mensagem para a aluna perguntando se ela poderia chegar mais cedo na academia, pois estava organizando um curso de primeiros socorros. A avó da menina o questionou sobre o assunto por meio de uma rede social e o homem explicou: "Acho muito importante eles terem noção de primeiro socorros para acidentes esportivos uma vez que, além de praticar, ajudam nas aulas a monitorar."  
Segundo a tia, a menina disse que os abusos aconteceram no dia desse suposto curso e o professor teria apagado as filmagens que comprovariam o crime. A criança estava há mais de um ano na academia.
"Ela disse que ele pediu para ela sentar e passou a mão nos seios dela. Ele pegou a mão dela e colocou no pênis dele fazendo com que ela o masturbasse, entre outras coisas absurdas. Ela relatou que ele falou que era professor de judô e estava ali para ensinar outras coisas também, para ela ficar mais esperta. Ele sempre falava alguma gracinha. Depois que ele fez isso, ele mostrou a ela a filmagem e apagou tudo", disse a parente.
A família esteve nesta quinta-feira (18) no Instituto Médico Legal (IML) de Nova Iguaçu para a realização do exame de corpo de delito. O laudo não constatou penetrações. Contudo, a tia explicou que a sobrinha sofre com problemas psicológicos.
"Estávamos pagando uma coisa que era para o bem dela e acabou mexendo com o psicológico. Ela está muito mal. Só chora. Não come nada. Eu não dormi a noite toda. Estou a poder de calmante. Minha mãe que fica com ela está passando mal. O sentimento é de impotência. De não poder fazer nada", completou.
De acordo com a parente, o professor enviou uma mensagem em um grupo de pais e responsáveis, nesta quarta-feira (17), dizendo que ficará afastado por tempo indeterminado das atividades na academia, pois está sendo acusado de estupro por uma aluna.
O caso está sendo investigado pela 58ª DP (Posse) pelo crime de estupro de vulnerável. Questionada, a Polícia Civil não respondeu. O espaço está aberto para manifestação.
Em nota enviada ao DIA, a advogada Carla Deroci, que representa o professor, informou que as imagens da câmera da academia, o telefone celular do acusado e algumas testemunhas estão à disposição da polícia.
"A defesa ainda não possui acesso ao inquérito e aguarda a intimação do seu cliente a fim de prestar esclarecimentos e comprovar sua inocência, considerando que a acusação se baseia tão somente em depoimento da vítima menor sem qualquer lastro probatório", informou.