Amir Haddad e o filho SandroInstagram / Reprodução
"Vinte anos depois, em 'Dar Não Dói, o que dói é resistir', revivemos em cena aquele comício e sua aparição luminosa. Contávamos no espetáculo a história da ditadura brasileira e a luta pela democracia. E lá estava Sandro novamente, com sua sombrinha de carnaval, sendo a um só tempo, como é talvez todo brasileiro, o bêbado de chapéu-coco e a esperança equilibrista. Ao longo dos anos, Sandro nos ensinou muito sobre teatro. A qualidade afetuosa e direta de sua comunicação silenciosa, livre da suspeição que envolve toda palavra e seus enganos, apontou sempre o sentido concreto de humanidade que devemos manifestar em cada ato, seja em cena ou na vida. Sentiremos saudades, mas compreendemos que sua partida para o Circo Etéreo cumpre uma bela trajetória do encontro de um homem com a luz. Das ruas para o teatro, do teatro para as estrelas. Sandro encantou-se", completou a publicação.
Nos comentários, diversos artistas lamentaram o ocorrido. "Sandro tão querido. Amir, meu coração está bem pertinho do seu", escreveu a atriz Claudia Abreu. "Sinto muitíssimo mestre. Recebam o meu profundo carinho", seguiu Grace Gianoukas. "Um dia muito triste. Todo meu amor, Amir", lamentou Renata Sorrah.
Fundado há 44 anos por Amir, o grupo Tá na Rua é considerado a maior referência em criação, pesquisa e formação do teatro de rua no Brasil. A sede, que fica na Lapa, realiza oficinas de teatro, ensaios, apresentações e eventos artísticos.
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