Rosa Magalhães, a Professora, como era reverenciada no mundo do CarnavalArmando Paiva / Arquivo O Dia
Além das vitórias na Sapucaí e de muitos troféus no Carnaval, seus principais prêmios foram o Emmy de Melhor Figurino, pela abertura Jogos Pan-Americanos de 2007; dois prêmios MinC; prêmios Carlos Gomes; Ordem do Mérito Cultural; e Medalha de Prata, oferecida pelo governo da Áustria.
Formada pela Escola de Belas Artes (EBA) da UFRJ, também foi professora da instituição. Assinou figurinos e cenários para dezenas de espetáculos teatrais.
Escreveu três livros: "Fazendo Carnaval" (Ed. Nova Aguilar) e "O inverso das origens", junto com Maria Luiza Newlands (Ed. Nova Terra), e "E vai rolar a festa..." (Editora Nova Terra). A última publicação é um relato sobre sua experiência de criar e produzir a festa de encerramento das Olimpíadas de 2016 e as cerimônias de abertura e encerramento do Pan-Americano do Rio.
Em 2019, teve sua trajetória transformada em biografia. "Rosa Magalhães — A moça prosa da avenida", de Luiz Ricardo Leitão, foi lançada pela Uerj, mesma instituição que, em 2002, concedeu-lhe o título de doutora "honoris causa". Em 2023, foi tema do documentário "Rosa – A narradora de outros Brasis", de Valmir Moratelli e Libário Nogueira.
Rosa Lúcia Benedetti Magalhães era filha dos escritores Raimundo Magalhães Júnior, imortal da Academia Brasileira de Letras, e de Lucia Benedetti. A artista morava em Copacabana, na Zona Sul, e não gostava muito de frequentar eventos sociais. Preferia ficar em casa, perto dos livros e dos cachorros, suas grandes paixões. Outra marca era o hábito de fumar.
Diversas escolas do Carnaval carioca e de São Paulo divulgaram notas de pesar.
1982 - Império Serrano - Bum bum paticumbum prugurundum (com Lícia Lacerda)
1994 - Imperatriz - Catarina de Médicis na Corte dos tupinambôs e Tabajeres
1995 - Imperatriz - Mais vale um jegue que me carregue, que um camelo que me derrube lá no Ceará
1999- Imperatriz - Theatrum Rerum Naturalium Brasiliae
2000- Imperatriz - Quem descobriu o Brasil, foi Seu Cabral, no dia 22 de abril, dois meses depois do carnaval
2001- Imperatriz - Cana-caiana, cana roxa, cana fita, cana preta, amarela, pernambuco... Quero vê descê o cuco, na pancada do ganzá
2013- Vila Isabel - A Vila canta o Brasil, celeiro do mundo - Água no feijão que chegou mais um
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.