Exames apontaram que a causa da morte foi inconclusiva Reprodução / Redes Sociais

Baixada - Exames realizados pelo Instituto de Pesquisa Perícias Genética Forense, no Centro do Rio, apontam que a ossada encontrada no quintal de uma residência em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, no dia 10 de junho, é de Caio da Silva Rendão, de 21 anos. A informação foi confirmada ao Dia por familiares da vítima nesta sexta-feira (26). A causa da morte foi inconclusiva.
"A gente recebeu o DNA na sexta-feira passada. E aí, no dia seguinte, foi para a funerária, eles tinham marcado o velório. Quando foi no cartório, para poder ver a certidão de óbito, eles falaram que não podia dar entrada porque já tinha passado 15 dias, que precisava de uma liberação judicial. Meu primo [irmão do Caio] passou a semana inteira indo na defensoria pública para tentar essa liberação. Conseguiu ontem [25]", explica a corretora de imóveis Karen Cunha, 30, prima da vítima. 
O sepultamento de Caio está marcado para acontecer neste domingo (28), às 11h, no Cemitério Israelita de Vila Rosali, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. A mãe do rapaz, ao saber da notícia, entrou em desespero. 
No dia 9 deste mês, a família enfrentou uma luta quando o Instituto Médico Legal de Duque de Caxias informar que os restos mortais seriam enterrados como indivíduo não reconhecido. Após a pressão da família, o sepultamento foi suspenso.
"O que a gente entendeu foi que a delegacia não pediu prioridade do caso. Aqui informaram que em 14 dias eles tem que entrar com pedido em cartório para fazer o enterro, porque eles não conseguem ficar com o corpo aqui e isso foi pedido, mas nada foi resolvido. Se a gente não tivesse vindo aqui ontem, ele iria ser enterrado como indigente, mas a gente moveu o mundo. Eu vou sair daqui e vou para delegacia pressionar eles, para eles ficarem em cima do caso", disse a madrinha do jovem, Aline Carvalho, na época. 
Relembre o caso
Um pedreiro encontrou os restos mortais enterrados em um monte de areia utilizada para obras perto da casa de Wesley de Souza, melhor amigo de Caio e acusado de cometer o crime, em São João de Meriti. Ele tentou fugir carregando a bolsa, mas deixou ela cair. O rapaz foi preso três dias depois, em Belford Roxo. Durante a prisão, ele admitiu o crime.
A investigação da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) revelou que Caio foi morto por causa de uma dívida. Os agentes encontraram o acusado escondido na casa de parentes em Belford Roxo. Ele foi preso em flagrante por ocultação de cadáver e ainda será investigado por participação no homicídio. Segundo a delegacia especializada, a investigação está em andamento para prender outros possíveis envolvidos no crime.
Caio estava desaparecido desde fevereiro deste ano. De imediato, a família da vítima suspeitou de que o corpo, em estado avançado de decomposição, poderia ser dele. Desde então, aguardavam o resultado da perícia.
Mensagens enviadas durante o desaparecimento
Na época do crime, Karen contou que, no Carnaval, a mãe de Caio recebeu mensagens enviadas do celular dele, primeiro avisando que ele estava na Penha, Zona Norte, e em outro momento, em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos.
Outras mensagens também solicitaram que a matriarca entregasse o videogame dele e duas camisas do Flamengo para uns amigos, que iriam na casa dele buscar. Um desses amigos era o Wesley.