Rosa Magalhães foi a carnavalesca com mais títulos no Carnaval Carioca Divulgação
Dona de oito títulos no Carnaval carioca, ela atuou na Beija-Flor, Império Serrano, Tradição, Estácio de Sá, Salgueiro, Imperatriz Leopoldinense, União da Ilha, Vila Isabel, Mangueira, São Clemente, Portela e Paraíso do Tuiuti. Além de ter passado, também, pelos desfiles de São Paulo.
Imperatriz Leopoldinense
"Artista consagrada e maior campeã da Era Sambódromo. Neste momento, faltam palavras para definir a grandeza de Rosa e de toda a sua trajetória não só no Carnaval, mas em toda a sua carreira, ao longo dos mais de 50 anos de trabalho dedicado à arte.
Falar de Rosa Magalhães é falar da história da Imperatriz, tendo em vista que, de 7 títulos conquistados pela professora, 5 foram em nossa agremiação.
Rosa promoveu desfiles inesquecíveis aos olhos do público e de toda a crítica, e sempre estará marcada por sua elegância, pela entrega magistral em seus trabalhos, e principalmente por sua brasilidade nas histórias que contou ao longo de todo esse tempo. É e sempre será referência para todos os amantes do espetáculo que ela também ajudou a construir.
As histórias se confundem. É impossível falar de Imperatriz Leopoldinense sem falar de Rosa Magalhães. Hoje o meu coração, e de toda a escola, chora a perda da maior de todos os tempos. O Carnaval deve muito à Rosa Magalhães e nós temos muito orgulho de saber que em nossa biografia ela sempre estará. Obrigado, Rosa. Nossa eterna gratidão e amor", disse.
Império Serrano
Já o Império Serrano descreveu um pouco da história da carnavalesca pela escola.
"No Império, Rosa foi campeã com o histórico 'Bum Bum Paticumbum Prugurundum', em 1982, ao lado de Lícia Lacerda, e desenvolveu o enredo 'João das Ruas do Rio', em 2010. Fica aqui a nossa gratidão por tudo que você, Rosa, fez pelo Carnaval, pela contribuição na nossa história e à arte. Seja luz! Obrigado por tudo!".
Grande Rio
"O samba se despede de uma de suas maiores artistas. É com imenso pesar que a Grande Rio se despede da carnavalesca Rosa Magalhães. Seu legado é uma marca fincada na história do nosso Carnaval. Descanse em paz, eterna professora", acrescentou a escola.
Estácio de Sá
"Ela teve uma passagem marcante no Berço do Samba em 2020 quando a querida Rosa completou 50 anos de Carnaval assinou o nosso Desfile Enredo Pedra. A Maior vencedora de títulos na Sapucaí. O samba perde um dos seus pilares!
Lamentamos muito essa enorme perda para o Maior Espetáculo da Terra. Que todos, em especial a família , possam encontrar paz e consolo nesse momento tão difícil. Fica aqui nossa singela homenagem a essa pessoa incrível", reforçou.
São Clemente
"Caramba, ela tinha que ser para sempre!", complementou a agremiação.
União da Ilha
A União da Ilha pretende ainda homenagear a artista na quadra. "O mundo do Carnaval perde a sua maior expoente e referência feminina em desfiles. Rosa assinou o enredo da União da Ilha de 2010, "Dom Quixote de Lá Mancha. O Cavalheiro dos Sonhos Impossíveis", quando manteve a nossa escola no Grupo Especial.
Que Deus conforte seus familiares e amigos neste momento tão difícil. A União da Ilha prestará um minuto de silêncio antes da apresentação dos sambas 2025, na quadra, neste sábado", explicou.
Paraíso Tuiuti
"Não existe preto e branco quando o seu mundo era cheio de cor. Quem perde as cores hoje somos nós. O Paraíso do Tuiuti, em nome do presidente Renato Thor e toda a diretoria, vem expressar o mais profundo pesar pelo falecimento da professora Rosa Magalhães. Em momentos como este, faltam palavras para expressar o tamanho de sua grandiosidade. Para nós, só nos resta agradecer: Obrigado por muito", disse.
Liesa
A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) também lamentou a morte. "Carnavalesca que fez história no Carnaval. Nossos mais sinceros sentimentos aos amigos e familiares"
Em 2019, teve sua trajetória transformada em biografia. "Rosa Magalhães — A moça prosa da avenida", de Luiz Ricardo Leitão, foi lançada pela Uerj, mesma instituição que, em 2002, concedeu-lhe o título de doutora "honoris causa". Em 2023, foi tema do documentário "Rosa – A narradora de outros Brasis", de Valmir Moratelli e Libário Nogueira.
Rosa Lúcia Benedetti Magalhães era filha dos escritores Raimundo Magalhães Júnior, imortal da Academia Brasileira de Letras, e de Lucia Benedetti. A artista morava em Copacabana, na Zona Sul, e não gostava muito de frequentar eventos sociais. Preferia ficar em casa, perto dos livros e dos cachorros, suas grandes paixões. Durante os últimos anos, trabalhou ao lado de Mauro Leite e de Alessandra Cadore, seus assistentes. A carnavalesca não tinha filhos.
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