Nas imagens, o homem aparece preso na janela do veículo Reprodução / Redes Sociais

Rio - O motorista de aplicativo Rafael Queiroz, de 27 anos, que aparece em um vídeo dirigindo com um homem pendurado na janela do carro na Avenida Salvador Allende, na Zona Oeste, afirmou que no momento em que foi surpreendido pelo rapaz, tentou proteger a filha de 3 anos, a mãe e a mulher, que também estavam dentro do veículo. Em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, a vítima contou que estava parado em um sinal quando o homem tentou roubar seu celular.
"Eu parei no sinal e vi o vulto entrando no carro. Minha primeira reação foi agarrar o braço dele e levantar o vidro. Nisso, eu acelerei para proteger minha família, minha mãe estava no carona e minha esposa e filha atrás. Minha reação foi de pai, filho e esposo de querer proteger. Sou cidadão do bem e trabalhador, não aceito mais isso. O cidadão carioca está cansado dessa humilhação", contou. 
Segundo o relato, Rafael dirigiu por cerca de 600 metros com o rapaz agarrado no carro. Para soltar o assaltante, o motorista de aplicativo reduziu a velocidade e abriu o vidro. "Eu vi ele gritando pedindo para soltar. Nisso, eu vim reduzindo e quando estava a 30 km/h, eu abri o vidro, ele caiu e depois vi ele rolando. Eu não parei porque fiquei com medo dele estar armado ou algo do tipo. Em seguida, acelerei e fui em direção a Transolímpica", explicou.
Nas imagens, é possível ver que o homem segura o vidro do lado do motorista com as mãos e suas pernas ficam soltas. Em determinado momento, ele chega a levantar a perna e apoiá-la no retrovisor. Além disso, com o carro em movimento, ele encosta um dos pés no chão. O vídeo mostra, ainda, que o carro passa em frente ao 31°BPM (Recreio dos Bandeirantes). Depois de soltar o assaltante, o motorista de aplicativo foi para casa, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e não procurou a polícia para registrar a ocorrência.

De acordo com a Polícia Militar,  os agentes do batalhão não foram acionados, no entanto, após ciência do caso através das redes sociais, percorreram toda avenida, mas não localizaram o carro, nem o homem pendurado. "É importante dizer que o motorista do veículo não fez contato com o batalhão, apesar de parecer ter diminuído a velocidade na entrada da unidade. Não houve registro de acionamento", explicou a corporação em nota.