Rosa Magalhães morreu na noite desta quinta-feira (26)Rede Social

Rio - A Marquês de Sapucaí não foi o único palco a receber um grande trabalho da carnavalesca Rosa Magalhães, falecida nesta quinta-feira (25), aos 77 anos. Em 2016, depois de assinar o desfile da São Clemente no sambódromo, ela esteve no Maracanã, em agosto, à frente da cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Com mais de 50 anos de Carnaval carioca e sete títulos – sendo seis na Sapucaí –, a “professora”, como era chamada por amigos, começou a elogiada festa com menções ao Rio a partir de bailarinos fantasiados de aves que formavam em suas coreografias famosos pontos turísticos, como o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar e os Arcos da Lapa. Ícone do samba carioca, Martinho da Vila foi uma das atrações nos primeiros momentos do evento.
Mas nem tudo foi Rio na Cerimônia de Encerramento das Olimpíadas de 2016. Ao fazer uso de diferentes elementos, Rosa Magalhães levou ao palco do Maracanã a bandeira do Brasil, com as estrelas que representam os estados formadas por integrantes de um coral; e a história, com projeções reproduzindo pinturas rupestres do país pré-histórico, além de dançarinos com trajes que remetiam aos povos originários.
O nordeste também teve destaque, com coreografias embaladas pelas canções “Xique-xique”, de Tom Zé e "Asa Branca”, de Luiz Gonzaga.
Houve ainda um momento inusitado: para a surpresa do público presente, o premiê japonês Shinzo Abe surgiu de dentro de uma grande estrutura, que fazia alusão a uma tubulação, fantasiado de Mario Bros, o famoso personagem dos games. Era uma forma de promover a edição seguinte dos Jogos, em Tóquio.
Momentos depois, após a chama olímpica ser apagada, mais samba carioca, com direito a marchinhas, um carro-alegórico e até o popular gari e passista Renato Sorriso.
Enfim, uma mistura de criatividade, diversidade e cores com a cara de Rosa Magalhães!
Trabalho premiado
Nove anos antes, Rosa teve mais uma vez seu talento reconhecido fora do sambódromo. Inclusive, para além das fronteiras brasileiras.
Em cerimônia realizada em Nova York, ela faturou o Emmy, importante prêmio de TV no mundo, na categoria Melhor Figurino pelo trabalho na Cerimônia de Abertura dos Jogos Panamericanos 2007, também realizados no Rio de Janeiro.