Rogério Rocha, de 43 anos, morreu no sábado (27) após ser atropelado por caminhão da ComlurbReprodução / Redes Sociais

Rio - O gari Rogério Rocha Rodrigues da Silva, de 43 anos, morreu após ser atropelado por um caminhão de coleta de lixo da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), no sábado (27), em Copacabana, na Zona Sul. O homem era uma Pessoa com Deficiência (PCD).
O acidente aconteceu na Avenida Nossa Senhora de Copacabana por volta das 7h30. A vítima foi socorrida em estado grave por bombeiros e encaminhada ao Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, também na Zona Sul, mas não resistiu aos ferimentos.
Ao O DIA, Lucas Gonçalves dos Reis, genro de Rogério, contou que acredita que, pelo caminhão se tratar de um veículo elétrico, a falta de barulho fez com que o sogro e o motorista não se atentassem a situação.
O familiar informou que o motorista disse em depoimento que o gari teve um corte em um dos dedos e foi até a cabine perguntar para ele se tinha curativo. O condutor teria começado a manobrar o caminhão para ajudar a vítima, mas não viu que Rogério passou na frente do veículo.
"O motorista decidiu ajeitar o caminhão. Nessa, ele [Rogério] passou na frente do caminhão. Devido a ser um veículo elétrico, ele não escutou o barulho e o motorista não se ligou que ele estava na frente. Ele falou que sentiu um solavanco e parou o carro. Quando parou, era ele que estava em baixo. Isso o motorista disse em depoimento. Agora temos que correr atrás das filmagens", contou.
A Comlurb informou que lamenta profundamente o ocorrido e destacou que está prestando toda a assistência à família. A companhia ressaltou que está investigando as circunstâncias do acidente.
No entanto, Lucas disse que não houve apoio da empresa. "Não houve suporte deles nenhum, pelo contrário. Foi desumano. O óbito ocorreu no boletim 7h40 e eles avisaram a família 11h50. Eles disseram que estava na sala vermelha. No trabalho, chegou para mim que ele tinha falecido. A gente não sabia que ele já estava falecido", destacou.
Rogério deixou seis filhos e a mulher. O sepultamento aconteceu na tarde desta terça-feira (30) no Cemitério de Engenheiro Pedreira, em Japeri, na Baixada Fluminense. "Era um cara feliz e prestativo. Conhecido pelos familiares como 'paizão'", completou o genro. 
O Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio (Siemaco-RJ) disse que acompanha o caso e que está atuando nos trâmites junto à família de Rogério.
"Oferecemos apoio para o sepultamento, mas a família comunicou à Assistência Social da Comlurb que não precisava, por ter um plano funeral. O Sindicato continua acompanhando o caso. Aos parentes, amigos e colegas de trabalho manifestamos nosso profundo pesar", diz o comunicado.
A morte é investigada pela 12ª DP (Copacabana). Questionada sobre o assunto, a Polícia Civil ainda não respondeu. O espaço está aberto para manifestação.