Novo parque abrange Reprodução / Rio TV Câmara

Rio - Está em pauta na Câmara dos Vereadores do Rio um Projeto de Lei que propõe a criação do Parque Municipal Natural Perilagunar da Lagoa do Camorim, abrangendo uma área de 220 mil m² do Complexo Lagunar da Barra e Jacarepaguá. O texto, que entrará em primeira discussão, já conta com um parecer favorável de todas as comissões parlamentares envolvidas.
A iniciativa, sugerida pelo biólogo Mario Moscatelli ao presidente da Câmara, Carlo Caiado, visa recuperar e preservar esta área de manguezal que tem importância estratégica por ser um corredor ecológico. O local também tem potenciar para se transformar em atração turística, além de polo de educação ambiental.
"A importância dessa iniciativa está associada tanto ao recente conceito de 'cidade-esponja' como para com a manutenção do único corredor ecológico ligando os maciços da Tijuca e da Pedra Branca. Dentro deste contexto estratégico, tanto em termos de extremos climáticos como de manutenção da biodiversidade, numa região que só faz crescer do ponto de vista urbano, muitas das vezes de forma completamente desordenada, será importantíssimo apurar técnicas de cientificamente estimular e acompanhar o incremento da biodiversidade por conta do processo de recuperação ambiental atualmente em andamento no sistema lagunar de Jacarepaguá", ressalta Moscatelli, citando as "cidades-esponja", que são que possuem a gestão da água alinhada ao planejamento urbano.
A criação do parque prevê que a área protegida se torne local de pesquisas científicas e, sobretudo, de interesse para turismo ecológico e sustentável, já que conta com árvores típicas de manguezais, além de inúmeras espécies de aves, jacarés, capivaras e outros animais. A ideia é que o local possa ser explorado de barco.
"Este parque será um marco no renascimento do bioma da Lagoa do Camorim. Toda a região do Complexo Lagunar da Barra e Jacarepaguá só tem a ganhar. Hoje temos uma lagoa assoreada, um manguezal degradado, mas temos confiança que a concessionária Iguá está realizando um trabalho de dragagem que vai permitir a operação de todo o transporte aquaviário naquela região. Vamos unir forças dos poderes Legislativo, Executivo e iniciativa privada para resgatar o ecossistema local e criar um parque para todos os cariocas", afirma Carlo Caiado, presidente da Câmara e autor do PL.
"Temos árvores típicas dos manguezais e inúmeras espécies de árvores, jacarés, capivaras e outros animais. A fauna e a flora são fantásticas. Os alunos das escolas municipais, por exemplo, poderão aprender muito sobre consciência ambiental no parque", completa Caiado.
Revitalização 
O Complexo Lagunar da Barra e Jacarepaguá passa por um processo de dragagem, realizado pela Iguá. A Lagoa do Camorim deve entrar na rota dos barcos que realizarão o transporte de moradores. No último dia 12 de julho, a prefeitura apresentou o Consórcio Lagunar Marítimo, empresa que vai implantar o serviço no no complexo, seguindo critérios aprovados pela Câmara em 2014.
Este projeto prevê oito linhas obrigatórias de barcas fazendo a ligação entre pontos de grande movimento na região, com tarifa de R$ 4,30, cinco terminais e seis estações em até cinco anos. A previsão é que o sistema opere com capacidade máxima de 85 mil pessoas por dia.
O Jardim Oceânico receberá linhas da Muzema, Marapendi, Gardênia e Rio das Pedras. A comunidade do Rio das Pedras também terá barcas em direção à Linha Amarela e ao Barra Shopping. Uma linha fará o percurso Linha Amarela-Muzema-Metrô e haverá uma barca circular em Jacarepaguá.