São Benedito é comemorado no Brasil no dia 5 de outubroReprodução/Franciscanos

Rio - Um fragmento do corpo de São Benedito chegará ao Rio, nos próximos dias, vindo da Itália. A relíquia "ex-corpore", composta por um músculo de cerca de 7 centímetros, será trazida em peregrinação pela Arquidiocese de São Sebastião.

Como parte das comemorações dos 500 anos do nascimento do santo, a relíquia vem da cidade de Palermo, conduzida pelos frades franciscanos Fernando Truppia, guardião da peça, e frei Marcelo Badalamenti, da Sicília.

De acordo com informações da Arquidiocese, a relíquia chegará no dia 18 de agosto, às 9h, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, na Rua Uruguiana, 77, no Centro, e será acolhida pelo padre Robson Cristo de Oliveira e pelo cônego Álvaro José da Silva.

"Há 500 anos nascia um dos maiores santos da nossa Igreja, São Benedito! E ao se tornar um religioso franciscano, tem como carisma especial o acolhimento e a vida de oração! Aconselhava, abençoava e cuidava, como um bom pastor que era desde a sua infância, quando cuidava do rebanho", destata o padre Robson.

Ao meio-dia, haverá uma missa. A relíquia permanecerá para veneração dos fiéis e devotos até às 15h30, quando será conduzida até o Santuário Cristo Redentor, para uma bênção à cidade.

A visita é organizada pela Igreja do Rosário e pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos.

História

De hábito franciscano, Benedito, um homem negro e filho de africanos, viveu no período do fim da Idade Média. Teve uma vida de oração, serviço e modéstia, por isso consegue despertar a esperança de uma vida melhor.

Aclamado patrono de Palermo, teve no Brasil muitos devotos, mesmo antes da sua canonização, em 1807, em plena escravidão, tornando-se um dos santos mais populares no Brasil, com influência entre congadas, confrarias e irmandades. 
A força da tradição de São Benedito também é relacionada às religiões de matriz africana, que o reverenciam como a figura ancestral do Preto Velho (Umbanda). No Candomblé, costuma ser associado ao orixá Ossain, da cura, das plantas e dos poderes medicinais. 
Embora em todo o mundo sua festa seja celebrada em 4 de abril, data de sua morte, no Brasil ela é festejada, desde 1983, em 5 de outubro.