Roselaine segurando o filho no braço após anos de esperaDivulgação DPRJ
A certificação, que se deu após a morte do pai da criança, possibilitou que ela usufruísse dos direitos de filiação, como o uso do sobrenome paterno, acesso à família do pai, pensão por morte e reconhecimento do vínculo afetivo. Somente em maio deste ano foi emitida a certidão de nascimento com o sobrenome da família.
O casal já havia utilizado todas as economias para engravidar por inseminação artificial, procedimento necessário devido à síndrome genética dele, que afetava a concepção por meios naturais. Após duas tentativas frustradas, Roselaine foi demitida do trabalho e entrou em depressão. Foi quando ele, já debilitado pela síndrome de Kartagener, sofreu complicações nas vias respiratórias.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), esse tipo de adoção pode ocorrer quando o adotante, a pessoa que deseja adotar, manifesta em vida a vontade de adotar e inicia o procedimento de adoção, vindo a falecer durante o processo.
No caso em questão, o casal já tinha a sentença de habilitação para adoção quando Anderson faleceu em dezembro de 2018, aos 39 anos, vítima de complicações nas vias respiratórias. A espera de Roselaine para segurar a criança nos braços ainda levaria mais tempo, totalizando sete anos, até dar entrada na ação de adoção e efetivar o registro do garoto com o sobrenome do pai.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.