Richard Ferreira da Cruz, 20 anos, morreu no Hospital Lourenço Jorge, na Barra da TijucaReprodução/Redes sociais

Rio - A Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS) afastou temporariamente, nesta segunda-feira (12), dois profissionais envolvidos em uma briga com o paciente Richard Ferreira de Cruz, de 20 anos, no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Segundo a pasta, os servidores foram afastados para estarem disponíveis para esclarecimentos à Polícia Civil e receberem suporte ocupacional.
A Polícia Civil investiga se o jovem morreu em decorrência de agressões por parte dos funcionários de saúde durante o atendimento na unidade, no domingo (11). O secretário Daniel Soranz disse estar acompanhando de perto o andamento das investigações em torno da morte de Richard e afirmou que a denúncia da família é grave.
O caso 
O jovem deu entrada na unidade com um corte no pescoço, proveniente de um assalto, e bastante agitado. Durante uma briga verbal e física com os profissionais, ele não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade. A mãe do jovem, Alessandra Ferreira da Silva, alega que o rapaz foi agredido por um médico com um soco no local do ferimento, no domingo (11), durante o atendimento. A agressão, segundo ela, agravou o corte no pescoço, levando à morte. Alessandra também contou que o filho estava bastante agitado no momento do atendimento, pois sofria de depressão e bipolaridade.
Já os profissionais envolvidos no caso afirmaram em depoimento na 16ª DP (Barra da Tijuca) que Richard deu entrada com um ferimento no pescoço e, durante o atendimento, o paciente começou a agir de forma agressiva e tentou fugir do hospital. Em outro momento, Richard teria ameaçado os funcionários. Em seguida, um médico de plantão foi até a sala de atendimento e tentou medicar Richard, mas teria sido golpeado com dois socos no rosto.
"Richard iniciou as agressões contra o médico, que para se defender tentou imobilizar o paciente, que estava descontrolado e em acesso de fúria". Ainda segundo o depoimento do profissional de saúde, a mãe de Richard, ao ver a cena, o puxou, mas ele acabou caindo no chão. "Foi neste momento que ele começou a sangrar muito. Ele foi colocado na maca e levado para sala vermelha, local onde é realizado procedimento em paciente que estão com quadro clínico agravado", informou o profissional em depoimento. 
O caso foi registrado na 16ª DP (Barra da Tijuca) e encaminhado à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que ouve testemunhas para concluir as investigações.
O corpo de Richard Ferreira será sepultado nesta terça-feira (13), às 13h, no Cemitério da Penitência, no Caju. O velório terá início às 10h, na capela 8.