Susane Geremia, de 64 anos, está com suas malas "morando" McDonald's do LeblonArquivo / Pedro Teixeira / Agência O Dia
Bruna foi liberada pelos agentes da distrital ainda durante a noite, mas a mãe acabou ficando detida na unidade. Segundo relato da mãe de uma das vítimas ao RJTV1, da TV Globo, Susane teria chamado uma das garotas de "preta nojenta", "pobre" e "pretinha".
A mãe da adolescente, identificada como Bruna Medina de Souza, explicou ainda que a confusão teria começado porque as adolescentes estavam no restaurante conversando e rindo. As "moradoras da lanchonete", segundo as adolescentes, se incomodaram e começaram a filmá-las.
As ofensas começaram durante o registro, quando as meninas disseram ter sido chamadas de "fedelhas", "pretas" e também de "vagabundinhas". O pai de uma das vítimas ouviu da filha que as duas mulheres disseram que aquele não era lugar para "pobre" e "negros".
O crime foi registrado na 14ª DP (Leblon), onde as testemunhas foram ouvidas e Susane autuada pelo crime de injúria racial. Agora, o caso segue para a Justiça. No fim da manhã, a mulher foi transferida para presídio em Benfica, na Zona Norte.
No Rio de Janeiro, os primeiros registros são de 2019. Há ao menos três dívidas nos nomes das duas. Em uma delas, a Justiça condenou ambas e determinou o despejo, por acumularem déficit de R$ 13 mil. Em outro, a avaliação do juiz foi de que se tratava de um caso hipossuficiência, ou seja, elas não tinham condições financeiras de arcar com as dívidas.
Em entrevista ao DIA, Bruna chegou a dizer que os casos da Justiça já haviam sido resolvidos.
"As pessoas criaram um problema para mim e para minha mãe. Estávamos resolvendo uma situação. Estamos procurando um lugar para ficar. É comum essa situação", disse Bruna.
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