Todo setembro a Fiocruz é iluminada com a cor amarelaPeter Illicciev / Arquivo/ CCS/ Fiocruz

Eles são bem-sucedidos, têm fama, riqueza e são invejados por grande parte do mundo. Ainda assim, muitas vezes falta alguma coisa: a dor é invisível perante os outros, mas insuportável para quem sente. E isso também acontece com os anônimos que não encontram mais saída e resolvem dar cabo da vida para acabar de vez com os problemas. Artistas como Leila Lopes, Chorão, Walmor Chagas, Flavio Migliaccio, Robin Willians, entre outros, enfrentaram as dificuldades com o suicídio, um grande problema de saúde mental, principalmente em tempos modernos.
Para que a situação melhore, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), desde 2014, colocou no calendário nacional a campanha internacional Setembro Amarelo. Em 10 de setembro, ocorre, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a iniciativa acontece durante todo o ano. Atualmente, o Setembro Amarelo é a maior campanha antiestigma do mundo! Em 2024, o lema é Se precisar, peça ajuda! Para marcar a data, vários monumentos como o Castelo da Fiocruz utilizando a cor.
Além disso, a família, profissionais competentes e amigos podem dar um suporte para que o amigo ou parente não chegue a tomar uma atitude tão drástica. É fundamental ter uma autoestima elevada, bom suporte familiar, laços sociais fortes, religiosidade, razão para viver, além de acesso a serviços de saúde mental adequados também são elementos cruciais para prevenir o comportamento suicida. Esses fatores podem fazer uma grande diferença na vida das pessoas que enfrentam dificuldades emocionais conforme conta a terapeuta holística e astróloga Sara Zaad, de 50 anos.
"Para se ter um equilíbrio mental é necessário valorizar as coisas simples da vida. Pode-se usar a rede social, mas de forma saudável. Temos que ser generosos conosco. Valorizar as coisas boas que a vida oferece, andar ao ar livre, interagir com pessoas saudáveis, ler mais. Temos um país rico em diversidade cultural e devemos aproveitar. Se as pessoas saíssem mais da tela e olhassem para dentro de si seria melhor. O fundamental também é buscar ajuda profissional de psicólogo, psiquiatra e ter o auxílio de ferramentas holísticas junto ao tratamento convencional'".
Sara Zaad explica que até 2026 teremos muitos problemas de saúde mental. "O mal da década será uma pandemia de doenças emocionais que podem levar ao suicídio. Serão números crescentes". A profissional explica que são vários os fatores que auxiliam numa saúde mental abalada, como o uso das telas excessivamente, o uso das redes sociais e o isolamento do home office. Ela cita um exemplo: "Uma mulher com três filhos saía para trabalhar e interagia com outras pessoas. Hoje ela fica em casa, cuidando dos filhos, dos afazeres domésticos, e fica sem o calor humano de outras pessoas. Muita gente não sai de casa", diz Sara, acrescentando que crianças e adolescentes não saem do quarto e só ficam no computador ou celular jogando, nas redes e fazendo trabalho da escola.
Campanha traz visibilidade
O psiquiatra e psicoterapeuta com título pela ABP-AMB (Associação Brasileira de Psiquiatria e Associação Médica Brasileira), Felipe Feldman, de 40 anos, há 15 atuando na área, seja em consultório particular ou no SUS, é ex-diretor do Instituto Municipal Philippe Pinel e membro da , SBPRJ (Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro), fala sobre o suicídio e diz que  a campanha Setembro Amarelo é muito importante.
"Gosto principalmente porque ela traz visibilidade para pessoas que podem estar ignorando o assunto. Não é que nós tratemos só disso, imagina, dentro da psiquiatria existem diversos capítulos, diversas psicoses, a loucura propriamente dita, as pessoas apresentam delírios, alucinações, rompem com a  realidade, a gente tem o capítulo dos transtornos de humor. O diagnóstico principal é o transtorno bipolar, quando tem oscilações entre momentos de mania e euforia, ou depressão, entristecimento leve, moderado ou grave".
Para o profissional, os transtornos de ansiedade estão cada vez mais presentes em nossa sociedade. "Os próprios transgêneros de ansiedade num grau muito elevado levando a pessoa a um esgotamento que é a síndrome de burnout, ela pode levar a quadros como esse de ideação ou até mesmo tentativa de suicídio o que se constatado é patológico em si".
Feldman afirma que a campanha ajuda muito nessa visibilidade de uma que é das causas, dos transtornos mais graves em psiquiatria, o suicídio, outro seria surto psicótico. "Temos muitos outros transtornos por uso de múltiplas substâncias, transtornos alimentares e da personalidade tudo isso eu recomendo fortemente ser avaliado, seja pelo SUS,  médico de um convênio, uma clínica que atenda, ou até mesmo o consultório particular. Ela deve procurar ajuda profissional especializada para poder conversar sobre o que está acontecendo, sempre respeitando a principal regra dentro dos consultórios, que é de sigilo, que é falado lá, fica lá, e são grandes recursos que a pessoa tem para prevenir que algo pior aconteça, ou a própria piora da condição dela, não tem porquê ela ficar nesse sofrimento se ela tem esses recursos". 
Tema complexo
Para a terapeuta social Carina Alves,de 40 anos, o mais importante é a busca de ajuda profissional."Acho que devemos falar mais sobre saúde mental, e saúde pública.Também deve haver acolhimento, palavras positivas e investimento em qualificação profissional'', conta ela, que acha a campanha Setembro Amarelo sensacional.
Ela afirma que falar sobre o suicídio é  muito complexo. "É ligado à depressão, à pessoa não sabe como lidar com determinada situação e acha que o jeito é tirar vida". A profissional explica que muitas pessoas acham que vão diminuir o sofrimento cometendo o ato insano. "É uma dor invisível. A percepção está distorcida. Também acho que está ligado à questão social, às desigualdades’’.
Carina  acredita ainda que o principal motivo para se tomar essa atitude por estar na falta de um apoio profissional. "Cada um lida com os problemas de uma forma. Têm pessoas com menos resistência ao sofrimento. O mais importante é buscar ajuda adequada. Crianças e jovens estão sofrendo nesse novo mundo de tecnologia e muitos idosos se sentem inúteis, principalmente depois da aposentadoria, chegando a dizer: eu não sirvo para nada".

Carina conta que às vezes a pessoa está perto de nós e não percebemos que ela precisa de ajuda. "Há muitos anos eu dividia apartamento com uma colega. Ela se matou num Dia das Mães depois que a mãe dela morreu. Deixou um caderno imenso falando que a dor de ficar sem a sua mãe era insuportável. Ela era filha única, parecia bem, mas... Acho que a gente se sente mais impotente do que culpada nesses casos". Trabalhando com pessoas com deficiência, Carina conta que um paciente não queria viver sem uma perna e acabou se suicidando. “Vale lembrar que para um suicídio são 20 tentativas’’.

Dados assustam

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde OMS), em 2023, foram registrados mais de 800 mil suicídios no mundo. Todos os anos morrem mais pessoas que deram fim à própria vida do que de HIV, malária ou câncer de mama - ou ainda guerras e homicídios. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, o que significa dizer que, em média, por dia, 38 pessoas se matam. A cada 100 mil homens brasileiros, 12,6% cometem suicídio; entre mulheres, a comparação aponta para 5,4% casos de suicídio a cada 100 mil mulheres brasileiras.
Segundo a OMS e o Ministério da Saúde, o suicídio é a quarta causa de morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência entre os jovens brasileiros de 15 a 29 anos e no mundo todo a a segunda causa de mortes de jovens no mundo, depois de acidentes de trânsito. Embora os números estejam diminuindo em todo o mundo, os países das Américas vão na contramão dessa tendência, com índices que não param de aumentar, segundo a OMS.
Sabe-se que praticamente 100% de todos os casos de suicídio estavam relacionados às doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas de forma inadequada. Dessa forma, a maioria dos casos poderia ter sido evitada se esses pacientes tivessem acesso ao tratamento psiquiátrico e informações de qualidade.
Para o psiquiatra Felipe Feldman, muita gente acha que é melhor não falar sobre depressão e suicídio, mas ele pensa de outra forma. "Existe um tipo de pensamento na nossa sociedade, em alguns grupos, de que é melhor não falar sobre isso para, entre aspas, não dar ideia para a pessoa fazer. Eu penso de forma completamente oposta. Acho que para evitar, a gente deve falar sobre isso, procurar um profissional, um psiquiatra, um psicólogo e aí vão sendo feitos os encaminhamentos. Se for necessária, a medicação ajuda muito, a psicoterapia também".
De acordo com Feldman, não é mito que o uso de drogas contribua para o suicídio. “Não, não é mito. As drogas, as substâncias ilícitas, ou até lícitas, mas principalmente as ilícitas, podem piorar o quadro de uma pessoa que já tem, por exemplo, uma doença mental. Uma pessoa em sofrimento psíquico, e as drogas mascaram muito isso, a gente não sabe mais se está tratando de efeitos, potenciais efeitos dela, ou se ela está potencializando alguma condição mental ruim que a pessoa já tinha’’, alerta.
Para o profissional, o suicídio é multifatorial. "Não é só um motivo, a pessoa está triste e comete o suicídio. Não! Existem vários tipos de suicídio. Existe um suicídio realmente de uma depressão essencial, existe um suicídio daquela pessoa que tem um primeiro surto psicótico, existem suicídios até políticos, pessoas que se matam em nome de uma causa".
 Assunto ainda é tabu

A atriz e dramaturga Marcelli Oliveira, de 40 anos, escreveu e atuou na peça Se não Agora, Quando?, sobre o tema. "Até hoje eu acho que esse assunto ainda é muito escondido e em 2019, quando resolvi fazer essa peça, antes da pandemia, era mais. Aconteceram duas situações em poucos meses: duas pessoas que eu conhecia tinham se suicidado. E nos dois casos, foi noticiado com mal súbito. Comecei a pensar sobre isso. A família tem vergonha de falar. As pessoas ao redor falam cochichando o verdadeiro motivo. Foi quando me deu um estalo, assim: mas se isso está acontecendo tanto e se está todo mundo assim e ninguém está bem... Por que a gente não fala sobre isso?".
Para a atriz, se não falarmos sobre o assunto vai tudo continuar do mesmo jeito. "A sensação que eu tenho, assim, que as pessoas conversam mais sobre sexo, sobre vida pessoal, sobre trabalho, sobre... Mas quando é pra falar de saúde mental, fica todo mundo... Parece que tem um véu, assim, sabe? Parece que é um assunto meio proibido, meio vergonhoso, meio...", alerta.
Para Marcelli, depois da pandemia, a peça é ainda mais urgente. "Li pesquisas que falam que todos os países do mundo, o número de suicídios está baixando no índice depois da pandemia. E o Brasil é um dos poucos países, se não o único, que só sobe. Então, eu acho que está cada vez mais urgente se falar sobre isso, sim. A gente já fez algumas temporadas com essa peça e eu sempre faço com muita expectativa e muita responsabilidade, porque eu acho que ela é importante de ser falada. Eu tive inúmeros depoimentos de pessoas que saíram da peça e amigos que estavam assistindo juntos e pela primeira vez um teve coragem de dizer para o outro que tomava antidepressivo, que já tinha pensado em suicídio, que tomava remédio de tarja preta, que não estava se sentindo bem. Eu acho que a função é essa é colocar o diálogo, sabe?"
 
 
 



CVV faz 3 milhões de atendimentos por ano

Em entrevista ao jornal O DIA, um dos voluntários do Centro de Valorização da Vida (CVV), Alan Teixeira Lima, 45 anos, explica como é esse trabalho tão importante para a sociedade.
O DIA: Todos sabem a importância do trabalho do CVV. Como é realizado como vocês escolhem os escolha de vocês voluntários?
ALAN TEIXEIRA: Os voluntários do Centro de Valorização da Vida - CVV são capacitados e selecionados por um programa de seleção de voluntários que dura entre 12 até 16 encontros de 3 horas semanais cada, onde são trabalhados temas específicos relacionados ao trabalho voluntário no CVV. Para ser voluntário é preciso ter mais de 18 anos, ser capacitado e aprovado no programa de seleção de voluntários e ter disponibilidade para plantão semanal e reunião mensal, além de disponibilidade para aprimoramento contínuo.

O DIA: Quantos atendimentos vocês já fizeram desde a fundação, que foi em 1º de março de 1962?
ALAN TEIXEIRA: Os números de atendimentos estão disponíveis no site cvv.org.br nos relatórios trimestrais que são enviados para o Ministério da Saúde, considerando o termo de cooperação técnica para concessão gratuita para uso do tri digito 188. Mas posso te dizer que atendemos em média, atualmente, cerca de 3 milhões de atendimentos por ano, o que não significa que são 3 milhões de pessoas, porque a mesma pessoa pode ligar quantas vezes precisar.

O DIA: Quantas unidades o CVV tem no Brasil e quantos voluntários trabalham. Por exemplo, você é o coordenador, qual é o teu serviço? E esses voluntários, quanto tempo podem trabalhar no CVV? Sabemos que é complicado ajudar a quem está com a saúde mental abalada. Quais os profissionais que podem trabalhar com vocês?
ALAN TEIXEIRA: Atualmente temos 92 unidades, espalhadas por 84 cidades, em 19 estados do Brasil. No momento temos cerca de 2500 voluntários atendendo no 188, chat e e-mail, além das atividades desenvolvidas na comunidade como o Grupo de Apoio aos Sobreviventes de Suicídio, palestras, entre outros. O serviço do voluntário é prestar apoio emocional com vistas a prevenção do suicídio. Não há tempo estipulado para trabalhar no CVV, o que pedimos é a disponibilidade para plantões e reuniões, assim como aprimoramento contínuo. Para trabalhar no CVV não é preciso estar formado em alguma profissão, basta ser capacitado, selecionado e ter a disponibilidade mencionada. Entendemos que o apoio emocional pode ser exercido por leigos, desde que capacitados. Isso não significa que não tenhamos profissionais das mais diversas profissões, mas quando estamos atendendo, somos voluntários que prestam apoio emocional.

O DIA: Quantas pessoas vocês já conseguiram ajudar, que estavam à beira mesmo de cometer uma besteira e graças ao CVV desistiu? 
ALAN TEIXEIRA: Muitas pessoas que buscam o CVV para apoio emocional, na maioria das vezes, se sentem sozinhas e não tem com quem desabafar. Nós garantimos o sigilo, anonimato e a gratuidade para quem liga. Temos diversos relatos de pessoas que são gratas por terem a oportunidade de serem atendidos por um voluntário num momento de desespero, sem ter alguém para conversar ou por não se sentirem à vontade de falar sobre assuntos sérios com pessoas próximas.

O DIA: De acordo com Organização Mundial de Saúde, morre mais gente por suicídio até do que de câncer de mama, do que de guerra, do que de outras doenças. Por que você atribui esse número tão grande de suicídios, principalmente em mais jovens, entre 14 e 29 anos? Depois dos 70 também acontece. Como você vê essa situação?
ALAN TEIXEIRA: O suicídio é multifatorial, são diversas as causas para que os números tenham aumentado nos últimos anos, principalmente entre jovens, idosos, indígenas, profissionais da área de segurança, pessoas com doenças crônicas, entre outros.

O DIA: Também tem pessoas que se matam depois de 70 anos. Houve o caso do Flávio Migliacio, do Valmor Chagas, eu acho que o Robin Williams também, mas acho que ele tinha menos de 70. E muita gente atribui os suicídios à falta de dinheiro, à desigualdade social, mas essas pessoas não tinham esse problema, pelo menos não aparentemente. Eu queria saber o que você atribui.
ALAN TEIXEIRA: Sim, pessoas idosas passam a ver outras pessoas de sua idade morrendo, pelos mais diversos motivos. Tem a questão do fim da vida, não ser um peso para quem cuida do idoso, doenças da velhice, etc. Como informei, o suicídio é multifatorial.

O DIA: Você trabalha com esse tema há muitos anos. O que pode ser feito para evitar que tantas pessoas se suicidem?
ALAN TEIXEIRA: Entendemos que uma das formas de prevenção é o acesso aos meios de tratamento no âmbito da saúde mental, criar políticas públicas que possam chegar aos mais afetados e principalmente ter com quem poder desabafar. Claro que não devemos facilitar o acesso aos meios também.
O DIA: O CVV já evitou muitos casos de suicídio?
ALAN TEIXEIRA: Já tivemos muitas pessoas que relataram que ligar para o CVV fez com que repensassem o pensamento de morte e mudasse o posicionamento diante do que lhe causava dor, apenas conversando.
O DIA: Quem quiser saber mais sobre o CVV como deve proceder?
ALAN TEIXEIRA: Gostaria de convidar os leitores a conhecer nossos sites: cvv.org.br e setembroamarelo.org.br. Nesses sites é possível ter acesso a outros e material de apoio para aqueles que precisam. O CVV também está nas redes sociais: Instagram, Facebook, Twitter, Tik Tok, YouTube e LinkedIn. Temos vários vídeos disponíveis que podem ser usados. Além de termos um PodCast com temas afins. Visite-nos e deixem seus likes e compartilhamentos com quem precisar. Lembrando que o mês de setembro é o mês de prevenção do suicídio, mas que a prevenção ocorre o ano todo.
PRINCIPAIS FATORES DE RISCO ASSOCIADO AO COMPORTAMENTO SUICIDA DE ACORDO COM CARTILHA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA

DOENÇAS MENTAIS: depressão, transtorno bipolar, transtornos mentais relacionados ao uso de álcool e outras substâncias., transtorno de personalidade, esquizofrenia, auento de risco com associação de doenças mentais: paciente bipolar que também seja dependente de álcool terá risco maior do que se ele não tiver essa dependência

ASPECTOS PSICOLÓGICOS: perdas recentes, pouca resiliência, personalidade impulsiva, agressiva ou de humor instável, ter sofrido abuso físico ou sexual na infância, desesperança, desamparo
ASPECTOS SOCIAIS: gênero masculino, idade entre 15 e 30 anos e acima de 65 anos, sem filhos, moradores de áreas urbanas, desempregados ou aposentados, isolamento social, soteiros, separados ou viúvos, populações especiais: indígenas, adolescentes e moradores de rua.
CONDIÇÕES DE SAÚDE LIMITANTE: doenças orgânicas incapacitantes, dor crônica, doenças neurológicas (epilepsia, Parkinson), trauma medular, tumores malignos e Aids.
SUICIDABILIDADE: Ter tentado o suicídio, ter familiares que tentaram ou se suicidaram, ter ideias ou planos de suicídio.