Rio - O motorista de aplicativo Rafael Lopes, de 41 anos, encontrou uma forma inusitada de transformar suas corridas em um verdadeiro espetáculo. Com um sistema de som potente, microfones com alto-falantes embutidos e luzes piscantes, ele montou um karaokê dentro do próprio carro, garantindo a diversão dos passageiros pelas ruas do Rio e sendo apelidado de 'carraokê'.
"Eu queria fazer com que o dia dos meus passageiros ficassem mais alegre, mais leve e divertida, e que as viagens não fossem apenas viagem e sim uma experiência diferente. Hoje, não apenas faço corridas pelos aplicativos e sim para os clientes que estão me conhecendo e querendo corridas particulares personalizadas, com muita música e karaokê", disse ao DIA.
Veja o vídeo:
O diferencial não apenas trouxe alegria aos passageiros, mas também impulsionou os negócios de Rafael. Morador de Jacarepaguá, na Zona Oeste, ele viu seu faturamento aumentar em 40% após montar uma banquinha dentro do caro, onde ele vende de tudo, desde balinhas até itens de beleza, como xuxinhas de cabelo e lixas de unha. Ele diz que, agora, o lucro das vendas em sua lojinha cobre todo o custo de combustível do mês, sobrando até uma quantia extra.
"São diversos produtos, doces, artigos para celular, preservativos, isqueiros, pinças, salgadinhos... A ideia surgiu através de vídeos na internet falando sobre empreendedorismo e como aumentar renda com que já temos. O mais vendido é o Fini [bala], logo em seguida chicletes e, por incrível que pareça, preservativos. E a maioria das pessoas que compra é de mulheres", detalha.
Com o sucesso do karaokê ambulante e da lojinha, Rafael está se tornando conhecido nas ruas e nas plataformas de corrida, sendo elogiado por transformar a experiência dos passageiros em algo além do convencional.
"Mudou bastante minhas avaliações no aplicativo, ela ficaram 100%, minha nota hoje é 4.99, motorista diamante! E o número de corridas aumentou", diz orgulhoso.
Viagens animadas
A música e o jogo de cores com LEDs pelo carro trouxe histórias colecionáveis não só para os passageiros que puderam se divertir durante a viagem, mas também para o motorista.
"A mais engraçada foi quando uns baianos, que mesmo cantando dentro do carro, ao terminar a viagem pediram para eu sair do carro com eles, abrir as portas, aumentar o som no último volume e cantar e dançar com eles fora do carro. Realmente, essa foi a história mais inusitada e engraçada, não queriam deixar eu ir embora", conta humorado.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.