Agentes do Gaeco Arquivo / Agência O Dia

Rio - Integrantes de uma associação criminosa, 12 ao todo, foram denunciados pelos crimes de agiotagem e extorsão por lavagem de dinheiro. De acordo com as investigações do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ), o grupo chefiava uma rede de escritórios de agiotagem no Rio de Janeiro, em Niterói, São Gonçalo e Maricá.
Para ocultar e disfarçar a origem ilícita do dinheiro, eles utilizavam empresas de fachada e "laranjas". No esquema ilegal foram utilizadas as empresas Ômega Planejados & Decorações, Construtora MR Empreendimentos Imobiliários, e Ferreira & Fonseca Consultoria e Monitoria.
As investigações, conjuntas com a Coordenadoria de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (CCLD) da Polícia Civil, revelaram que, entre os anos de 2010 e 2013, uma das empresas, a Ômega, movimentou mais de R$ 6 milhões. Também foi apontado que a Ferreira & Fonseca recebeu depósitos fracionados de diversas pessoas físicas, em valores baixos e com periodicidade mensal, característicos de pagamentos de agiotagem.
Ainda segundo os promotores, após recepcionar as vítimas e formalizar o negócio, integrantes da quadrilha faziam contato com um escritório central denominado “controle”, onde eram registradas todas as informações das vítimas para a coordenação das ações dos membros da quadrilha.
Com o objetivo de ocultar e disfarçar o dinheiro com as atividades criminosas, os líderes da organização adquiriram, em curto espaço de tempo, diversos imóveis e formaram patrimônio imobiliário milionário. A denúncia foi recebida pelo Juízo da 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa.