Moradores da comunidade Santa Marta protestaram devido a falta de energia que atinge há regiãoReprodução

Rio - Moradores da comunidade Santa Marta, em Botafogo, na Zona Sul, denunciam que estão há quatro dias sem energia. Devido ao fato, um grupo realizou um protesto, na tarde desta quarta-feira (18), que chegou a interditar parcialmente a Rua São Clemente.
Segundo o líder comunitário e guia turístico Thiago Firmino, o problema acontece desde o fim de semana e prejudica as atividades essenciais, como a conservação de alimentos e a hidratação.
"As pessoas estão tendo problemas, ainda mais pessoas especiais. Na semana passada, tivemos um calor intenso na cidade do Rio e pediram para as pessoas se hidratarem. Como é que você pede isso se você não tem energia, não tem um ventilador, uma geladeira? É desumano o que está acontecendo aqui na favela. Moradores do Santa Marta estão enfrentando uma situação crítica. A falta de luz tem gerado um enorme sofrimento para as famílias da comunidade, afetando atividades diárias essenciais, como a conservação de alimentos e o funcionamento de eletrodomésticos e comércio", disse.
A falta de energia acontece na parte baixa da comunidade. No entanto, moradores da parte alta também enfrentam problemas com um transformador.
"Há quatro meses o transformador da quarta estação está pingando óleo e o pessoal fica sem luz. Imagina como que fica as pessoas que precisam guardar remédios e alimento. Como que essa família sobrevive? Estão tentando estabilizar a luz, mas e a quarta estação, como fica?", disse Andreia Miranda.
Moradores realizaram um protesto no início desta tarde na Rua São Clemente, na altura da Rua Sorocaba, em Botafogo. Durante o ato, duas faixas do trecho foram interditadas. Segundo o Centro de Operações Rio (COR), a via foi liberada por volta das 15h30.
Procurada, a Light informou que equipes técnicas estão realizando reparos na rede elétrica, na comunidade Santa Marta, em razão de uma sobrecarga causada por ligações clandestinas que resultou na interrupção do serviço.

A empresa ressaltou que o furto de energia faz com que transformadores, projetados para atender apenas ao número de clientes registrados na companhia, operem além de sua capacidade.

"Em muitos casos, o volume de ligações irregulares pode ser até cinco vezes superior à demanda que o transformador pode suportar, o que provoca sobrecargas e danos ao equipamento, resultando em falta de energia", informou por meio de nota.