Motorista por aplicativo, Diego Carvalho, 33, resgata carcará ferido em rua da TijucaReprodução / Arquivo Pessoal
Motorista resgata carcará ferido em movimentada rua da Tijuca
'Conseguimos ajudar esse pobre animal indefeso', comemorou Diego Carvalho, 33, que salvou a ave na Rua Haddock Lobo, na madrugada desta sexta (20)
Rio - Nem todo herói usa capa, às vezes ele só dirige um carro e está na hora e no local certos. Esse foi o caso do motorista por aplicativo Diego Carvalho, de 33 anos, que salvou um carcará ferido em uma movimentada rua da Tijuca, Zona Norte do Rio, na madrugada desta sexta-feira (20).
Em entrevista ao DIA, Diego disse que tinha acabado de começar o trabalho, por volta da meia-noite, quando viu a ave se movendo um tanto desesperada na Rua Haddock Lobo, entre a Campos Sales e Rua do Bispo. Com a ajuda de outras duas pessoas, o motorista conseguiu resgatar o animal e levá-lo para casa.
"Na hora eu estava conversando com a minha esposa, por telefone, e ela falou para eu resgatar o animal. Levei para casa, mas não fazia ideia do que ele come. Pesquisei um pouco e vi que é uma ave carnívora, que vive de caça, então dei um pouco de frango e água para ele", disse.
Diego e a companheira, Karina Novaes, 32, passaram a madrugada toda alimentando e cuidando da ave, que não conseguia mover a asa direita pois estava ferida, com um machucado aparente. Apesar de perder um dia de trabalho e não conseguir dormir, Diego não se arrepende do gesto.
"Valeu a pena, faria de novo. Mesmo perdendo uma noite de trabalho, compensou muito. Eu e minha esposa conseguimos ajudar esse pobre animal indefeso. Ele poderia morrer a qualquer momento. Foi muito satisfatório salvar a vida de uma ave tão bonita. Eu e a Karina até queríamos ficar com ela, mas não pode, porque é uma ave silvestre", revelou.
Diego abriu um chamado no aplicativo 1746, da Prefeitura do Rio, e na manhã desta sexta uma equipe de resgate de fauna foi até o apartamento do motorista, na Tijuca, para socorrer o animal. A ave passará por avaliação de veterinários e, após os devidos cuidados e recuperação, será solta.
*Reportagem do estagiário João Pedro Bellizzi, sob supervisão de Iuri Corsini
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