Coletiva de imprensa sobre a operação contra quadrilha de roubos de veículosPedro Teixeira/Agência O DIA
Durante a ação, os agentes atuaram nas comunidades da Guacha, Gogó da Ema e Santa Tereza, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e Baixa do Sapateiro e Timbau, no Complexo da Maré, na Zona Norte. Com o trabalho desta terça, a segunda fase da Torniquete ultrapassou 100 capturados – foram 106 presos em 35 dias.
As investigações revelaram que a quadrilha, chefiada pelo traficante Geonário Fernandes Pereira Moreno, conhecido como Genaro, morto em setembro deste ano, é responsável pela desmontagem de, aproximadamente, 80 veículos roubados ou furtados por semana, para fins de comercialização de suas peças e acessórios.
No esquema criminoso, os veículos roubados/furtados são levados para as comunidades da Guacha, Gogó da Ema e Santa Tereza, que sofrem influência da facção Terceiro Comando Puro (TCP), onde são desmontados, tendo suas peças armazenadas em depósitos alugados em nomes de laranjas.
Em seguida os materiais são enviadas para o estado de São Paulo, por Robson Lopes Alves, conhecido como Tobah, e Sidnei Carlos Alacrino De Oliveira Santos, o Foca, e de lá distribuídas para os estados de Goiás, Santa Catarina e Bahia, onde são comercializadas por ferros-velhos e lojas de auto-peças, abastecendo o mercado clandestino de peças de veículos.
No total, as buscas estão sendo realizadas nas cidades do Rio de Janeiro; Belford Roxo, na Baixada Fluminense; em Criciúma, no estado de São Paulo e na capital paulista; Goiânia, em Goiás; e Guanambi, na Bahia.
A ação foi realizada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), em ação conjunta com a Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), com apoio de unidades do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), e da Subsecretaria de Inteligência (SSINTE).
O traficante Geonário Fernandes Pereira Moreno, de 41 anos, conhecido como Genaro, morreu baleado durante confronto com policiais militares em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, no dia 17 de setembro deste ano.
Na ocasião, a morte desencadeou uma série de interrupções nos serviços locais de Belford Roxo. O clima de insegurança afetou por dois dias o funcionamento de escolas, unidades de saúde e comércios. A ordem de fechamento teria partido do tráfico.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.