Alessandra Oliveira alerta para a importância de se blindar nas redes sociaisDivulgação
Já Márcio Cerbella, consultor empresarial, instrutor de Empreendedorismo e Conteudista credenciado do Sebrae e Diretor da EMECF (Educação Empreendedora - Consultoria e Treinamento), define o termo. "A inteligência emocional é uma das competências mais valorizadas no mundo dos negócios, especialmente para empreendedores que enfrentam constantes desafios. A capacidade de equilibrar emoções e manter a harmonia interna tem se mostrado uma potente ferramenta de sucesso. No universo empreendedor, onde desafios e incertezas são constantes, a forma como lidamos com nossas emoções faz toda a diferença. Um sorriso pode ser o reflexo de uma postura positiva e equilibrada, capaz de transformar até os momentos mais difíceis em oportunidades. Ele não apenas cria uma atmosfera leve, mas também transmite confiança, mostrando ao outro que estamos prontos para enfrentar adversidades com serenidade".
Estrago feito pelas redes sociais
Se antes os ataques ou elogios ficavam restritos ao ambiente presencial hoje a tela de um computador, tablet, smartphone e afins pode fazer um estrago. Quem convive e acessa redes sociais, como facebook, instagram, X (antigo twitter) e outras precisa sempre se policiar. Muita gente posta uma vida linda que não é real e afeta o internauta. Alessandra Oliveira conta que as redes sociais têm sido realmente a causa de muitos problemas psicológicos. "As pessoas têm uma necessidade de aprovação muito grande. Quando ela procura o prazer nas redes sociais e nos outros aquilo que ela não tem, já é ruim. Imagina quando ela posta e recebe uma crítica, já que está buscando aprovação. A inteligência emocional vai fazer com que ela reflita sobre cada processo, cada comentário e entende o que é dele e o que é do outro. Então, desenvolver isso é muito importante para que as pessoas consigam viver de uma forma amena, de uma forma tranquila, principalmente nesse mundo polarizado".
A opinião também é compartilhada com por Emerson Doblas, que alerta para o fator comparação. "Nas redes sociais, a aparente felicidade constante e o estilo de vida perfeito muitas vezes criam uma pressão irrealista, levando muitas pessoas a se compararem e sentirem que suas vidas são insuficientes. E ao receberem comentários negativos, apenas reforça essa crença aumentando o complexo de inferioridade. A inteligência emocional ensina às pessoas a serem mais conscientes de suas emoções e a evitarem a armadilha da comparação. Com isso, é possível perceber que a 'felicidade' exibida nas redes é muitas vezes uma versão editada e filtrada da realidade. Com maior autoconsciência, as pessoas podem focar mais no que têm de positivo em suas próprias vidas, em vez de se sentirem inferiores".
Importância do sorriso diante das adversidades
De acordo com Cerbella, equipes que percebem um líder capaz de se manter otimista, mesmo em tempos de crise, tendem a ser mais produtivas e engajadas. Além disso, a postura facilita a resolução de conflitos e melhora o relacionamento com clientes e parceiros, abrindo portas para novas oportunidades.
"Ter uma visão otimista, no entanto, não significa negar os desafios, mas sim enfrentá-los com coragem e criatividade. Sorrir, nesse contexto, torna-se uma estratégia para manter a autoestima elevada e a confiança inabalável. Quando nos permitimos sorrir, mesmo em meio às dificuldades, reforçamos em nós mesmos a certeza de que somos capazes de superar obstáculos. Esse comportamento, inclusive, pode ser o diferencial que leva um negócio a prosperar onde outros falham", ensina.
Por fim, a inteligência emocional permite que líderes e empreendedores lidem melhor com o estresse, tomem decisões mais equilibradas e gerenciem conflitos de forma eficaz. Cultivar essa habilidade envolve desenvolver autoconhecimento para entender suas próprias emoções, empatia para compreender as necessidades dos outros, e autocontrole para manter o foco em situações de pressão. Além disso, é importante praticar a escuta ativa e manter uma comunicação clara e respeitosa com colaboradores e parceiros. Ao aplicar inteligência emocional no dia a dia, você melhora a tomada de decisões e promove um ambiente de trabalho colaborativo, essencial para o crescimento sustentável dos negócios", avalia.
Habilidade para o ingresso no mercado de trabalho
Master Coach formada pela Febracis há quatro anos, Renata S. de Oliveira trabalha na África e fala da importância da inteligência emocional para quem vai ingressar no mercado de trabalho, "Atualmente tenho um cargo de gestão global para pessoas que necessitam de acessibilidade, voltado para a comunidade surda em países, principalmente da África. A inteligência emocional é uma habilidade que já começa a ser requerida na maioria das entrevistas de emprego, nos testes que as pessoas fazem para um emprego. Alguns estudos já comprovam que vai ser uma condição sine qua non para o ingresso no mercado de trabalho. Da mesma forma que hoje as pessoas perguntam se você tem experiência na área, eles vão através de ferramentas específicas identificar qual é o seu nível de inteligência emocional, como está o seu desenvolvimento pessoal, o seu equilíbrio"
O DIA:Existem as síndromes de Burnout (que tem a ver com fadiga no trabalho), Boderline, do Transtorno Bipolar, entre outras. Se para as pessoas ditas normais já é difícil manter a saúde mental em dia, o que a Inteligência Emocional poderia fazer para que essas pessoas vivam em maior equilíbrio?
Alessandra Oliveira: A inteligência emocional consegue fazer com que as pessoas se sintam mais gratas em relação ao seu trabalho. Elas conseguem identificar se realmente aquilo que elas fazem tem algum sentido, conseguem ressignificar muito rápido os acontecimentos do dia a dia. É imprescindível hoje ter inteligência emocional para resolver questões de relacionamentos no trabalho, questões de desafios, pressão, acontece hoje muito por conta de resultados de fatores internos e externos. A pessoa que consegue controlar suas emoções dificilmente vai ter um burnout. Então é muito importante hoje trabalhar com as suas emoções.
Emerson Doblas: Embora essas condições muitas vezes exijam suporte profissional especializado, como terapia ou medicamentos, o desenvolvimento da inteligência emocional pode complementar o tratamento, oferecendo recursos para lidar com os desafios diários de forma mais eficaz. Ajuda as pessoas a reconhecerem seus padrões emocionais e entenderem seus gatilhos. Um exemplo disso, é para quem lida com transtornos como o burnout, pois saber identificar os primeiros sinais de estresse ou fadiga emocional pode evitar que a situação se agrave.
O DIA: Reza um antigo ditado que família é muito bonita em álbum de retrato. Como podemos usar a inteligência emocional a nosso favor, seja com marido, mãe, filhos e até os amigos mais próximos?
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