Rio - A Justiça do Rio mandou soltar, nesta sexta-feira (8), duas funcionárias de uma farmácia de manipulação em Botafogo, na Zona Sul do Rio, investigadas por venda de medicamentos vencidos e sem receita. Andréia Teixeira dos Reis e Fernanda Chalabi Braga vão cumprir medidas cautelares.
Ambas estão proibidas de retornar ao local de trabalho até que seja comprovada a inexistência da prática ilícita a partir de vistoria do órgão de controle do município, o Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e Inspeção Agropecuária (Ivisa-Rio). Elas também devem comparecer em juízo uma vez por mês.
As duas trabalham na Officilab Botafogo e foram presas na quarta-feira (6), durante uma ação da Delegacia do Consumidor (Decon). Segundo a especializada, a operação se deu após a delegacia receber uma denúncia anônima de que o local era sujo, com baratas e que fazia a comercialização de remédios controlados sem receita médica. Na denúncia, ainda informava a existência de receitas em branco e com assinatura falsificada.
Na farmácia, os agentes foram recebidos por Andréia, que informou ser a farmacêutica e responsável pelo local. Após uma vistoria, foi constatada a veracidade da denúncia. Foram encontradas várias receitas em branco e assinadas por diversos médicos, além de remédios fora da validade. Também havia muitos insumos e embalagens para uso de fármacos armazenados de forma inadequada. O caso foi registrado na Delegacia do Consumidor (Decon).
Laboratório nega as acusações
Em nota, a Officilab Botafogo disse que não houve qualquer apreensão de medicamentos vencidos nas dependências do estabelecimento, e "quaisquer alegações nesse sentido representam um grave erro que coloca em risco a reputação da marca e causa sérios danos à imagem deles". A Civil, no entanto, afirma que as apreensões aconteceram.
Ainda segundo o laboratório, a empresa está em dia com todas as medidas sanitárias, "sendo inverídica a afirmação de que foram encontrados insetos no interior da loja". Sobre as duas mulheres detidas, o laboratório diz que Fernanda faz parte do setor de marketing da empresa, enquanto Andréia estava em seu primeiro dia de trabalho como farmacêutica substituta e não possuía qualquer relação com as atividades técnicas da farmácia.
Leia a nota na íntegra:
"Em relação aos eventos recentes envolvendo a farmácia OFFICILAB Botafogo, gostaríamos de esclarecer e retificar algumas informações que circulam na mídia. Não houve qualquer apreensão de medicamentos vencidos nas dependências do estabelecimento, e quaisquer alegações nesse sentido representam um grave erro que coloca em risco a reputação da marca e causa sérios danos à nossa imagem.
É importante também destacar que a OFFICILAB está em dia com todas as medidas sanitárias, sendo inverídica a afirmação de que foram encontrados insetos no interior da loja.
A OFFICILAB é uma empresa com 40 anos de atuação exemplar no mercado, reconhecida pela excelente qualidade de seus produtos e pela relação de confiança que possui com seus clientes.
Sobre as duas mulheres detidas, identificadas como Andréia Teixeira dos Reis e Fernanda Chalabi Braga, é de suma importância esclarecer: a Sra. Fernanda faz parte do setor de marketing da empresa, enquanto a Sra. Andréia estava em seu primeiro dia de trabalho como farmacêutica substituta e não possuía qualquer relação com as atividades técnicas da farmácia.
A prisão realizada pela DECON – Delegacia do Consumidor – dessas duas funcionárias em pleno exercício de suas funções representa um ataque à presunção de inocência, uma vez que nenhum procedimento investigativo havia sido instaurado, tratando-se de uma denúncia anônima. Felizmente, a Justiça, reconhecendo a presunção de inocência de ambas as funcionárias, restaurou a liberdade das duas.
A OFFICILAB está comprometida em cooperar plenamente com as investigações e em assegurar que a verdade seja esclarecida o mais rapidamente possível, reafirmando nosso compromisso com a ética, a segurança e a legalidade em nossas operações."
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