Virgínia Gazola morreu após mais de uma semana internada em estado grave no RioReprodução/Redes Sociais
Morre jovem gaúcha que sofreu queda do segundo andar do Armazém do Campo
Virgínia Gazola, de 26 anos, estava internada em estado grave desde o acidente, no último dia 9
Rio - A gaúcha Virgína Gazola, 26 anos, morreu neste domingo (17). Ela sofreu uma queda do segundo andar do Armazém do Campo, na Lapa, Região Central, na sexta-feira (9). A jovem estava internada em estado grave e em como induzido, desde então. A vítima era do Rio Grande do Sul e se mudou para o Rio este ano, depois de passar em um concurso da Petrobrás.
A informação foi divulgada pelo Diretório Acadêmico da Engenharia Geológica da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), onde ela cursou Geologia entre 2013 e 2018. "Hoje recebemos a triste notícia do falecimento de nossa colega geóloga (...) Nós da comunidade Geológica ficamos tristes com a perda desta colega e expressamos nossas condolências a toda sua família e amigos", lamentou a nota do (DAFPO).
Em uma publicação nas redes sociais, o Armazém do Campo também comunicou a morte e prestou solidariedade. "É com profundo pesar que vimos aqui nos solidarizar com os entes queridos e amigos pelo falecimento da Virginia Gazola. Estamos muito tristes e sentidos. Nossos pêsames aos familiares e amigos e conforto neste momento de intensa dor", disse o estabelecimento. Ainda não há informações sobre o local e o horário do sepultamento da vítima.
Entenda o caso
Segundo o estabelecimento, Virgínia Gazola e um grupo de amigos se reuniram na varanda para tirar uma foto, quando a jovem se apoiou no gradil, que cedeu. Após a queda, de mais de seis metros de altura, ela foi encaminhada para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, e depois transferida para uma unidade particular. Ao DIA, uma familiar explicou que a geóloga estava internada em coma induzido em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neurológica. O estado de saúde dela era grave.
A gaúcha se mudou para o Rio ainda neste ano, após passar em um concurso da Petrobrás. Anteriormente, ela trabalhava como perita criminal da Polícia Civil de Minas Gerais. "Ela embarcaria em uma plataforma hoje. Estamos todos horrorizados, em choque", disse a familiar, à época. Os pais, que são do município de Caxias do Sul, chegaram na capital Fluminense no último dia 11, logo após receberem informações sobre o acidente.
No dia 11 de novembro, o Armazém do Campo anunciou fechamento temporário para averiguação e manutenção das estruturas. O estabelecimento afirmou que o funcionamento normal do espaço somente será reestabelecido quando todas as necessidades para garantir a segurança dos frequentadores estiverem asseguradas. O Corpo de Bombeiros também notificou e interditou parcialmente o imóvel, que está irregular e não conta com autorização para promover eventos de reunião de público, apenas para atuar como comércio. O prazo para regularização é de 90 dias.
De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado na 5ª DP (Mem de Sá). Localizado na Avenida Mem de Sá, 135, o Armazém do Campo é um espaço de comercialização do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na capital fluminense, e foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial do Rio de Janeiro neste ano.
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