Mario Marcelo Santoro confessou ter matado a ex-namorada Cecília HaddadReprodução
Engenheiro que matou ex-namorada na Austrália terá que indenizar família da vítima em R$ 250 mil
Em nova decisão, o TRF-2 manteve a condenação de Mario Marcelo Ferreira dos Santos Santoro
Rio - O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) manteve, nesta quinta-feira (21), a condenação de Mario Marcelo Ferreira dos Santos Santoro, de 45 anos, pela morte da ex-namorada Cecília Haddad, em 2018, na Austrália. Na decisão, o TRF-2 também reduziu em um mês a pena em regime fechado do condenado, além de fixar uma indenização à família da vítima no valor de R$ 250 mil.
Mario Marcelo foi condenado em julgamento do tribunal do júri realizado em junho de 2023 por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver de Cecília. "A decisão do TRF2 foi proferida em apelação do Ministério Público Federal e da defesa do réu. O relator é o desembargador federal Flávio de Oliveira Lucas. Nos termos do acórdão, a pena definitiva foi fixada em 26 anos e 11 meses de reclusão. Além disso, o colegiado condenou o réu ao pagamento de indenização por danos morais aos pais da vítima no valor de R$ 250 mil", informou o colegiado.
Relembre o crime
A brasileira Cecília Haddad, com 38 anos na época do crime, foi encontrada morta no Rio Lane Cover, no dia 29 de abril de 2018. No mesmo dia em que o corpo dela foi localizado pela polícia australiana, Mário Marcelo, então ex-namorado, desembarcava no Rio de Janeiro, vindo de Sidney, onde vivia com a vítima.
A Polícia Civil do Rio teve conhecimento do caso poucos dias depois do crime e a família contou aos investigadores que Santoro não aceitava o fim do relacionamento e que a administradora tinha medo dele. Após dois meses de investigações, o engenheiro foi preso na casa de parentes, na Zona Sul, e, desde então, aguardava a decisão da Justiça Federal detido.
Durante depoimento em júri popular, Mário contou que matou Cecília quando foi até sua casa pegar seu passaporte. Ele confessou que a asfixiou após uma discussão. "Fui na tentativa de querer calar a boca dela. Infelizmente, foi quando teve a tragédia. Peguei o pescoço dela e apertei muito forte... Eu não queria fazer isso", afirmou ao júri.
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