Hospital Casa de Portugal impediu acesso da Light às suas instalações elétricas para instalação de geradoresDivulgação

Rio - Nos últimos meses, a Light e a Rede Hospital Casa vivem um imbróglio por uma dívida que, segundo a concessionária de energia, soma R$ 30,2 milhões. O valor corresponde a faturas vencidas entre janeiro de 2023 e novembro de 2024, além de parcelas não pagas de um acordo firmado em junho de 2024, no qual, de uma dívida inicial de R$ 22 milhões, apenas R$ 1,5 milhão foi quitado. A empresa hospitalar afirma não reconhecer o valor alegado e critica o que considera ser "uma postura de ameaça e constrangimento público".
A Light notificou as unidades hospitalares para transferência de pacientes e comunicou previamente os Planos de Saúde, o Ministério da Saúde, a Agência Nacional da Saúde Suplementar (ANS), o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) e ao governo do Estado, sobre a inadimplência com a distribuidora, passível de corte do fornecimento de energia, conforme Regulamento e Legislação aplicável.
Sobre os anúncios da Light, a rede hospitalar diz que a concessionária "alardeia" à imprensa a tentativa de interrupção do fornecimento de luz, por meio de nota. "Este modo reprovável de agir pela ameaça e pelo constrangimento, na tentativa de obter o pagamento de uma cobrança é ilegal (art. 42 da Lei Federal nº 8.078/90) e expõe a prestadora do serviço às consequências de seus inconsequentes atos danosos."

Nessa segunda-feira, o Hospital Casa de Portugal, no Rio Comprido, impediu acesso da Light às suas instalações elétricas para instalação de geradores, que seriam alugados e custeados pela companhia. Vale lembrar que, por lei, todos os hospitais devem ter geradores próprios.
A Light destaca que vem adotando todas as medidas para recebimento dos valores devidos. "Estamos inclusive viabilizando a instalação de geradores na Casa de Portugal para preparar o local em razão de um possível corte futuro, caso o cenário de inadimplência permaneça". A companhia ressalta que os débitos, em especial em valores relevantes, como da Rede Casa, colocam em risco a prestação do serviço pela distribuidora.
Em nota, a empresa hospitalar afirma ter "geradores suficientes, capazes de suportar quedas de luz, cumprindo toda legislação pertinente ao assunto" e que o serviço continuará sendo disponibilizado a quem precise de atendimento sem nenhuma intercorrência ou interrupção.