Publicado 05/11/2024 12:57 | Atualizado 05/11/2024 14:45
Rio - O reparo emergencial em um vazamento na Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu, no início desta semana, deixou bairros do Rio e da Baixada Fluminense sem água. Por conta do problema, o sistema chegou a operar com 20% da capacidade e moradores relataram estar com as torneiras secas desde a segunda-feira (4), quando a Companhia Estadual de de Água e Esgotos (Cedae) e as concessionárias anunciaram a diminuição da produção e abastecimento.
PublicidadeEm publicações nas redes sociais, moradores afirmaram que já estavam sem água desde a segunda-feira, especialmente em bairros da Zona Oeste do Rio. Os comentários apontam que o problema afeta Bangu; Campo Grande; Cosmos; Curicica; Guaratiba; Inhoaíba; Jacarepaguá; Magalhães Bastos; Padre Miguel; Realengo; Santa Cruz; Santíssimo; Senador Camará; Senador Vasconcelos; Vila Aliança; e Vila Kennedy.
Há ainda relatos de pessoas que acordaram sem água nesta terça-feira (5), em áreas da Zona Norte da cidade, como os bairros da Abolição e do Engenho Novo. Já na Baixada Fluminense, as queixas são de moradores da Estrada da Posse e do Jardim Nova Era, em Nova Iguaçu; do Centro de Duque de Caxias; bem como de São João de Meriti e de Nilópolis. Segundo a Cedae, o reparo em uma das elevatórias de água tratada teve início na noite de segunda-feira, foi finalizado às 10h de hoje e a produção de água está sendo normalizada de forma gradativa.
Em nota, a Águas do Rio informou que o reparo impactou os municípios do Rio, Belford Roxo, Duque de Caxias, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados e São João de Meriti. A concessionára disse ainda que quando a Cedae atingir 100% da capacidade produtiva, o abastecimento nas regiões afetadas entrará em processo de normalização, que ocorre gradualmente, em 72 horas, "podendo levar mais tempo nas pontas das redes de distribuição, áreas elevadas e nos locais onde forem detectadas ocorrências durante o período".
A empresa orientou os clientes a manterem a água de cisternas e caixas d’água reservada para as atividades prioritárias, até a regularização do fornecimento, e reforçou que segue à disposição para ligações gratuitas e mensagens via WhatsApp, através do 0800 195 0 195. Procurada pela reportagem de O DIA, a Rio+Saneamento ainda não se pronunciaram sobre a retomada do fornecimento. O espaço está aberto para manifestação.
Falta d'água recorrente
No último dia 28, moradores de Realengo fizeram um protesto por conta da falta de água e chegaram a ocupar duas faixas da Avenida Brasil. Na ocasião, os manifestantes relataram que estavam há uma semana sem água. Segundo a Rio+Saneamento, o fornecimento na região foi impactado pela manutenção no sistema Ribeirão das Lajes, concluída pela Águas do Rio no dia 25, e outra realizada de forma emergencial e concluída no mesmo dia do ato. A concessionária chegou a informar que a distribuição seria normalizada em até 48 horas e a população das áreas afetadas estavam sendo abastecidas com caminhão-pipa.
No mesmo dia, o abastecimento foi interrompido pela Águas do Rio no Andaraí, Complexo do Turano, Maracanã, Morro do Salgueiro, Praça da Bandeira, Rio Comprido, São Francisco Xavier, Tijuca e Vila Isabel, na Zona Norte, por conta de uma manutenção na elevatória do Maracanã. O prazo para que o fornecimento fosse normalizado era de até três dias após a conclusão do serviço, que ocorreu no dia 28.
No último dia 22, a manutenção anual preventiva da Light e a instalação de 20 equipamentos estratégicos em tubulações de grande porte da Águas do Rio, no sistema de produção Ribeirão das Lajes, localizado em Piraí, no Sul Fluminense, interrompou o abastacimento em bairros da Zona Oeste do Rio e em seis cidades da Baixada Fluminense. A paralisação começou à 0h e a previsão era de que fosse concluído no mesmo dia, às 22h. Entretanto, o serviço da segunda só foi finalizado no dia 25.
No período, moradores de cerca de 50 bairros do Grande Rio ficaram sem água. A paralisação do sistema também deixou a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), em Seropédica, na Baixada Fluminense, quatro dias sem aulas. As atividades ficaram suspensas entre os dias 22 e 25 e só foram retomandas quando o serviço da Águas do Rio foi finalizado e o abastacimento de água normalizado pela Rio+Saneamento.
Na semana anterior, moradores de Nilópolis já haviam tido o abastecimento interrompido pela Águas do Rio no município, por conta de um vazamento em uma tubulação de grande porte, na Estrada do Engenho Novo, em Anchieta, Zona Norte do Rio. No último dia 16, uma cratera começou a se abrir, possivelmente por conta do problema. Equipes trabalharam no reparo e a concessionária recomendou que clientes dessas localidades reservassem água de cisternas e caixas d’água para atividades prioritárias, já que não havia previsão para o buraco ser fechado.
Dois dias antes, no dia 14, 25 bairros das zonas Norte e Oeste ficaram sem abastecimento de água, também por conta de um reparo emergencial da Águas do Rio em uma rede de distribuição que passa pela Rua das Rosas, na Vila Valqueire. Segundo a concessionária, o problema ocorreu por conta de um vazamento no sistema, que aconteceu no dia anterior, e que, por ser um "serviço complexo", envolvendo uma tubulação de grande porte, o fornecimento precisou ser interrompido.
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