Fuzileiros patrulham entorno do Hospital Naval Marcílio DiasPedro Teixeira/ Agência O DIA

Rio - A Polícia Civil realizou uma operação, na manhã desta sexta-feira (13), no Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio. Agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) estiveram no Morro do Gambá para realizar perícias complementares. Os policiais buscam identificar de onde partiu o tiro que matou a médica Gisele Mendes, no Hospital Marcílio Dias na terça-feira (10).
Ao chegar à comunidade nesta manhã, as equipes se dirigiram à casa de Vanessa Lopes de Oliveira, 38. Os policiais suspeitaram que se tratava de uma construção abandonada usada por bandidos. No entanto, trata-se do lar da família há três gerações.
"Não tem nada de abandonada. A casa era da minha bisavó e foi passando pra minha avó, para o meu tio, que já faleceu, e para a minha mãe. Desde que viu as imagens da casa nos jornais, ela está com pressão alta. Minha mãe dormiu na base do remédio", conta a filha, Maria Eduarda,18.
Vanessa Lopes mora em casa que polícia julgava estar abandonada - Pedro Teixeira/ Agência O DIA
Vanessa Lopes mora em casa que polícia julgava estar abandonadaPedro Teixeira/ Agência O DIA


A jovem acrescenta que após olharem a casa e tirarem fotos, os agentes foram embora e tranquilizaram a família de que os registros seriam retirados das investigações.
Cerca de oitenta policiais saíram por volta das 5h30 da Cidade da Polícia para o Complexo do Lins. Os investigadores visam a análise técnica do local do disparo para complementar a perícia realizada no auditório onde a vítima foi atingida, na Escola de Saúde da Marinha.
Gisele Mendes teve o corpo cremado na tarde de quinta-feira no Cemitério do Caju, em uma cerimônia reservada a colegas, amigos e familiares.
Nesta quinta-feira (12), a Marinha iniciou uma operação permanente de fuzileiros navais no Hospital Marcílio Dias e na área de até 1.320 metros ao redor da unidade para aumentar a segurança dos militares, pacientes e visitantes.