Fuzileiros poderão dar voz de prisão se houver flagrante de crimes durante os patrulhamentosPedro Teixeira
Marinha inicia operação de segurança no entorno do Hospital Naval Marcílio Dias
Fuzileiros realizam ação ostensiva no perímetro de até 1.320 metros da organização militar
Rio - A Marinha do Brasil iniciou, nesta quinta-feira (12), uma operação de segurança sem data para acabar no entorno do Hospital Naval Marcílio Dias (HNMD), no Lins de Vasconcelos, Zona Norte do Rio. O objetivo é garantir a segurança da tripulação e de usuários da unidade. Os fuzileiros realizam a ação ostensiva, 24 horas por dia, com oito veículos blindados no perímetro de até 1.320 metros da organização militar.
O porta-voz da instituição, Dirlei Donizette Codo, explicou que 250 militares foram empregados na chamada "ação de presença". O Capitão de Mar e Guerra acrescentou que os fuzileiros poderão dar voz de prisão se houver flagrante de crimes durante os patrulhamentos.
"Ressalto que o hospital está funcionando normalmente. O propósito da nossa presença é essa: dar segurança. É fundamental a presença dos blindados para dar proteção aos militares. Estamos em coordenação com as polícias e com os órgãos de segurança. Em caso de flagrante, nós vamos atuar conforme o preconizado pela lei", declarou o porta-voz à imprensa na entrada do hospital.
Na terça-feira, a Capitão de Mar e Guerra Médica Gisele Mendes Souza e Mello, de 55 anos, foi atingida com um tiro na cabeça pela manhã, quando estava na Escola de Saúde da Marinha. Ela chegou a ser levada para a sala de cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos. No momento do disparo, acontecia uma operação policial no Complexo do Lins.
O velório de Gisele será nesta quinta-feira no Caju, em cerimônia reservada a família, amigos e colegas. Durante o funeral, serão prestadas as honras fúnebres, conduzidas pela Marinha do Brasil.
A Polícia Civil informou que a Força Naval está responsável pelas investigações.
O domínio da facção criminosa Comando Vermelho no complexo de 16 favelas que se avizinha ao hospital causa insegurança e medo nos frequentadores e trabalhadores da unidade. Confrontos com a polícia e tiros são comuns, relataram servidores, pacientes e acompanhantes, em reportagem do DIA.
Durante a operação de terça-feira, policiais militares foram atacados no Morro do Gambá, localizado em uma das laterais do complexo hospitalar, confome informou a corporação.
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