Angélica Cristina teve a casa atingida por árvore que caiu na Rua Gurupi Pedro Teixeira / Agência O Dia

Rio - Angélica Cristina da Piedade, que teve a casa atingida por uma árvore no último sábado (14) no Grajaú, na Zona Norte do Rio, abriu uma vaquinha para custear os reparos na residência, que teve o telhado, forro, portão e muro atingidos.

No caso do telhado, algumas telhas de um dos cômodos caíram, derrubando também o forro do local e rachando o de outros cômodos. Segundo ela, com a chuva que caiu após o incidente, a situação ainda piorou.

"Minha casa é dividida, contando todo mundo são 10 pessoas. Como o forro é madeira corrida, vazou pelo meio e pelas beiras", contou.

Além disso, o medo de uma nova chuva cair toma conta de Angélica. "Eu estou olhando para o céu, vendo algumas nuvens e está me dando um desespero porque o telhado ainda está aberto. O lixo, a Comlurb ainda não veio tirar daqui da frente uma boa parte", disse.

A vaquinha está no valor de RS 20 mil, para doar, é só entrar no site. A moradora vai precisar comprar material de construção e telhas, além da mão de obra dos profissionais e solda do portão.

"O telhado é de madeira, estou esperando o rapaz subir lá e orçar para mim. Eu ganhei algumas, mas foi pouca. E ganhei outras, mas que não me servem. Mas não desisti não. Preciso de cimento, de areia. Estou pegando materiais na loja para pagar depois, não sei como vai ser", contou.

Desde sábado, Angélica está sem energia em casa pois a queda da árvore derrubou também o poste residencial, necessário para restabelecer a energia. Porém, ela, com auxílio de familiares, colocaram o equipamento.

"Ainda na luta, ainda sem luz. Fizemos vários pedidos. Estamos com uma extensão da vizinha para ligar o celular e ligar a geladeira. Eu não sei como vai ficar. O poste está no lugar", narrou.

Ainda de acordo com seu relato, um técnico da empresa esteve no local e não fez a religação da luz de sua residência.

"Acabou de sair daqui um técnico para fazer a avaliação. Como viu que não tem cabo aqui, que vai precisar puxar, e um vizinho está trocando o poste velho por um novo, acho que vão esperar acabar esse serviço para fazer tudo de uma vez", explicou.

Desde que tudo aconteceu, Angélica se divide com seu filho e seu genro para vigiarem a residência, mesmo sem energia.

"Eu, meu genro e meu filho não estamos saindo da casa porque temos medo de alguém entrar aqui, estamos vulneráveis. A gente reveza, cada um dorme um pouquinho. Dormimos no chão, no calor mesmo, vou fazer o que?", desabafou.

Procurada, a Light informou que mandou uma equipe para verificar o que aconteceu e como está a situação para restabelecer a energia porque o poste precisa estar dentro do padrão.